O prazo para o ex-deputado americano George Santos se entregar às autoridades dos EUA e ser preso expirou às 15h (horário de Brasília) desta sexta-feira. Condenado em abril a sete anos de prisão por fraude e falsidade ideológica, Santos, filho de brasileiros, viu sua carreira política ruir após uma série de mentiras sobre sua vida e acusações de ter enganado doadores durante a campanha eleitoral.
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O ex-deputado admitiu ter cometido fraude eletrônica e roubado a identidade de pelo menos dez pessoas, incluindo familiares, para financiar sua campanha ao Congresso. Ele cumpriu pouco mais de um ano de mandato como representante de Nova York antes de ser expulso da Câmara em 2023. Além da pena de prisão, Santos concordou em pagar cerca de US$ 580 mil em multas como parte de um acordo judicial.
Em abril, a Justiça determinou que ele deveria se apresentar até o dia 25 de julho para iniciar o cumprimento da pena. Antes de receber a sentença, Santos enviou uma carta ao tribunal expressando arrependimento pelos crimes cometidos e classificando a condenação solicitada pelos promotores como “severa demais”.
Em suas redes sociais, Santos se despediu de seus apoiadores em uma série de publicações. Na noite anterior ao prazo, ele publicou um texto com tom sarcástico, alfinetando seus críticos e insinuando um possível retorno à vida pública.
Eleito em 2022, Santos conquistou um distrito rico para o Partido Republicano, área que abrangia partes do Queens e de Long Island, tradicionalmente um reduto democrata. No entanto, logo após a eleição, vieram à tona as mentiras sobre sua trajetória, incluindo alegações falsas sobre ter trabalhado em empresas de Wall Street e possuir um valioso portfólio imobiliário. As revelações expuseram dificuldades financeiras e processos de despejo enfrentados por Santos, levando a investigações criminais e parlamentares sobre o financiamento de sua campanha.