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Gaza: Distribuição de Ajuda Suspensa Após Mortes e Críticas à Segurança

A distribuição de ajuda humanitária em Gaza foi suspensa nesta quarta-feira pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), organização apoiada pelos Estados Unidos. A medida ocorre após a morte de dezenas de palestinos que buscavam assistência e em meio a crescentes preocupações com a segurança dos [...]

A distribuição de ajuda humanitária em Gaza foi suspensa nesta quarta-feira pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), organização apoiada pelos Estados Unidos. A medida ocorre após a morte de dezenas de palestinos que buscavam assistência e em meio a crescentes preocupações com a segurança dos civis. A GHF está pressionando Israel para aumentar a segurança nas áreas de distribuição, solicitando aos militares israelenses que orientem o tráfego de pedestres para minimizar riscos, desenvolvam diretrizes mais claras para os civis e aprimorem o treinamento de segurança.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

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A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelos EUA, suspendeu a distribuição de ajuda em Gaza após a morte de dezenas de palestinos e críticas à segurança. A medida ocorre em meio a uma nova ofensiva israelense e um novo modelo de distribuição criticado pela ONU, que o considera "uma receita para o desastre". Um ataque aéreo israelense a uma escola em Khan Younis matou pelo menos 18 palestinos, elevando o número total de mortos no dia para 21, enquanto militares israelenses alegam ter aberto fogo contra pessoas consideradas ameaças perto de um local de distribuição da GHF, resultando em 27 mortos. O Conselho de Segurança da ONU deve votar uma resolução que pede cessar-fogo e acesso humanitário em Gaza, onde a desnutrição é generalizada, apesar da GHF ter distribuído mais de sete milhões de refeições em uma semana.

“Nossa prioridade continua sendo garantir a segurança e a dignidade dos civis que recebem ajuda”, afirmou um porta-voz da GHF.

Em resposta, um porta-voz militar israelense alertou civis para evitarem áreas próximas às instalações da GHF, classificando-as como “zonas de combate”.

O novo modelo de distribuição de ajuda, destinado à população de mais de dois milhões de habitantes de Gaza, concentra-se em apenas três locais e foi implementado em meio a uma nova ofensiva israelense. A ONU e outras organizações humanitárias criticam o modelo, alegando que a utilização de segurança privada e logística militariza a assistência.

Nesta quarta-feira, um ataque aéreo israelense contra uma escola que abrigava famílias desabrigadas a oeste de Khan Younis, no sul, resultou na morte de pelo menos 18 palestinos, incluindo mulheres e crianças, elevando o número total de mortos no dia para 21. Não houve resposta imediata de Israel, que afirma estar combatendo para libertar reféns mantidos pelo Hamas e eliminar o grupo.

Na terça-feira, militares israelenses afirmaram ter aberto fogo contra um grupo de pessoas que consideravam uma ameaça perto de um local de distribuição de ajuda alimentar da GHF. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha reportou pelo menos 27 mortos e dezenas de feridos. A GHF declarou que o incidente ocorreu “muito além” de seu local de distribuição.

Palestinos que coletavam alimentos da GHF relataram cenas de caos na terça-feira, com falta de supervisão e verificação de identidades, resultando em tumultos em busca de ajuda.

O Conselho de Segurança da ONU deve votar nesta quarta-feira uma resolução que pede um cessar-fogo entre Israel e o Hamas e o acesso humanitário em Gaza, onde a desnutrição é generalizada. Segundo a ONU, o modelo de distribuição de ajuda apoiado pelos EUA e Israel é “uma receita para o desastre”. A GHF declarou ter distribuído mais de sete milhões de refeições desde o início de suas operações há uma semana.

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