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Fumou, perdeu! Cigarro eletrônico pode destruir seu paladar de vez

Você sabia que o cigarro pode acabar com o seu paladar? Se isso é novidade, saiba que, além dele, as versões eletrônicas, como vape e pod, também fazem parte dessa lista. Apesar de muitos acharem essas alternativas inofensivas e abusarem delas por não deixarem aquele [...]

Izadora Ibarra começou a fumar cigarro por estresse e migrou para o pod (Foto: marcos Maluf)

Você sabia que o cigarro pode acabar com o seu paladar? Se isso é novidade, saiba que, além dele, as versões eletrônicas, como vape e pod, também fazem parte dessa lista. Apesar de muitos acharem essas alternativas inofensivas e abusarem delas por não deixarem aquele cheiro forte, o prazer de sentir o sabor dos alimentos pode desaparecer. É o que afirma o otorrinolaringologista Bruno Nakão.

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Cigarros eletrônicos, como vapes e pods, podem prejudicar o paladar ao ressecar a língua, conforme alerta o otorrinolaringologista Bruno Nakão. A jovem Izadora Ibarra, de 21 anos, moradora da Rua 15 de Novembro, relata ter notado alterações no paladar e na fome após começar a fumar cigarros e migrar para o pod. Giovani Bruno, também de 21 anos e residente da Rua 14 de Julho, começou a usar cigarros eletrônicos há três meses e ainda não percebeu mudanças. Especialistas reforçam que, para recuperar o paladar, é fundamental parar de fumar e procurar acompanhamento médico.

Isso acontece porque a fumaça do cigarro eletrônico provoca ressecamento da língua, o que, com o uso crônico e progressivo, altera o paladar. Mas calma, nem tudo está perdido. A solução para recuperar o gosto dos alimentos é simples, porém desafiadora: parar de fumar.

“A fumaça faz com que o gosto e o prazer pelos alimentos fiquem distorcidos. Para recuperar, é necessário eliminar a causa, mas a normalização pode levar bastante tempo”, explica Bruno.

No Centro da cidade, não é preciso procurar muito para encontrar alguém com o cigarro eletrônico pendurado no pescoço. Na Rua 15 de Novembro, a jovem Izadora Ibarra, de 21 anos, caminha apressada com o aparelho sempre à mão.

Ela conta que começou a fumar cigarros comuns no ano passado, por causa do estresse, e acabou desenvolvendo um vício. Com o tempo, percebeu alterações no paladar e na fome. Para minimizar os impactos, decidiu migrar para o pod.

Fumou, perdeu! Cigarro eletrônico pode destruir seu paladar de vez
Izadora leva pod para todo lado por cordão no pesçoso (Foto: marcos Maluf)

“Comecei a fumar cigarro no ano passado, mas por conta da depressão e essas coisas, eu queria mais como forma de fuga, não parei mais desde então. Fumava,basicamente duas carteiras por dia quando eu estava mais ansiosa. Comecei a trabalhar no shopping, aí era até três por dia. Eu não tava aguentando mais e mudei para  fumar o pod”.

Além dos efeitos diversos, Izadora também notou que o paladar mudou mesmo com o pouco tempo de cigarro. “Eu não conseguia sentir tempero direito, essas coisas. Não via tanto prazer na comida assim, não conseguia distinguir muito bem os sabores. Isso acabava me dando menos fome ainda, por conta de não sentir direito a comida”.

Próximo dali, na Rua 14 de Julho, por outro lado, Giovani Bruno, também de 21 anos, começou a fumar cigarros eletrônicos há três meses e ainda não percebeu alterações no paladar. “Tenho amigos que fumam há anos e nunca comentaram sobre isso. Comecei por estresse, principalmente no fim de ano, por conta do trabalho no comércio”, relata.

Fumou, perdeu! Cigarro eletrônico pode destruir seu paladar de vez
Pod de Giovani Bruno, que começou a fumar há três meses (Foto: marcos Maluf)

Ele, assim como Izadora, se recusaram a ter o rosto exposto. O médico, Bruno Nakão acrescenta que além do cigarro, outros fatores podem alterar o paladar.

“A disgeusia que é a alteração do paladar, pode ter diversas causas como medicamentoso (exemplo da radioterapia), substâncias tóxicas e doenças respiratórias que levam a  alterações da hidratação e produção de saliva da boca, de tal maneira que se torna um distúrbio neurológico local”.

Embora alguns fumantes não percebam os impactos de imediato, especialistas alertam que o uso prolongado pode levar a danos que só aumentam no decorrer da vida. Para evitar que a comida vire apenas mais uma tarefa no dia é importante procurar um médico especialista para acompanhamento e busca de estratégias que vão diminuir o consumo.

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