A Operação João Ramão, deflagrada pela Polícia Federal em 3 de julho de 2024, que investiga supostos desvios de R$ 17 milhões em contratos de obras públicas em Corumbá, completa um ano sem que os envolvidos tenham sido denunciados. As investigações apontam para um esquema que teria ocorrido durante a gestão do ex-prefeito Marcelo Iunes.
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O foco central da investigação recai sobre o então secretário de obras, Ricardo Campos Ametlla, suspeito de criar a empresa Agility Serviços Integrados Ltda para vencer licitações no município. A sede da empresa, localizada em Ladário, conforme registros do CNPJ, seria um terreno baldio, levantando suspeitas sobre a sua real atividade.
A Agility Serviços Integrados Ltda (CNPJ 41.757.793/0001-75) acumulou R$ 16,8 milhões em contratos com a Prefeitura de Corumbá em dois anos. Em 2022, a empresa já havia conquistado R$ 7,2 milhões em contratos, valor que aumentou em R$ 2,2 milhões no ano seguinte. O último contrato da Agility com a prefeitura foi firmado em março deste ano, para a construção da sede do Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC). Além disso, a empresa também firmou contratos para a reforma de um museu, a execução de obras no centro de esportes do município e no centro de Saúde da Mulher de Corumbá.
Recentemente, a Justiça negou um pedido do ex-secretário para restituir uma caminhonete Hilux apreendida durante a operação. A juíza responsável pelo caso justificou a decisão afirmando que a investigação ainda está em fase inicial e que os bens apreendidos são importantes para o desenvolvimento do processo.
A defesa de Ricardo Ametlla, representada pelo advogado André Borges, manifestou confiança no arquivamento da investigação, alegando ausência de crime.