Parentes de Cláudia Batista da Silva, que perdeu o filho após o parto, unem forças para dar apoio a outras famílias e denunciar o caso em Campo Grande.
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Após a morte de um bebê durante o parto, familiares se mobilizam para encontrar outras mães que passaram por situações semelhantes na maternidade em Campo Grande.
Após perder seu filho, Ravi, durante o parto na Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, Cláudia Batista da Silva e seus familiares estão unindo forças para encontrar outras mães que possam ter passado por experiências semelhantes de negligência médica. A mobilização ocorre após o caso ganhar repercussão, com a tia do bebê utilizando as redes sociais para convocar outras mulheres que sofreram violência obstétrica.
A família de Ravi alega que houve descaso e violência obstétrica por parte da equipe médica, resultando na morte do bebê. Segundo o boletim de ocorrência, Cláudia deu entrada na maternidade na quarta-feira (15), por volta das 11h, mas o parto só começou na manhã seguinte, por volta das 8h, com apenas 6 centímetros de dilatação. O documento também relata que o marido de Cláudia, Eduardo de Souza, foi chamado para ajudar na retirada forçada do bebê.
De acordo com o relato, os médicos puxaram o bebê com força pela cabeça, e ele nasceu sem sinais vitais. Após 40 minutos de tentativas de reanimação, o óbito foi declarado. A família também denuncia que um dos médicos teria sugerido que o casal “fizesse outro bebê”, pois são jovens. A família alega que Cláudia não teve intercorrências na gestação e já tem dois filhos de parto normal. O corpo do bebê foi encaminhado para o IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) sem a entrega de um documento oficial com detalhes da morte.
A Maternidade Cândido Mariano se manifestou por meio de nota, alegando que não houve falhas e que a complicação foi imprevisível. A instituição afirma que a gestante recebeu acompanhamento contínuo e que o caso será apurado pelas comissões de ética e de óbito.