Aneel e MME investigam causas do incidente que paralisou o fornecimento de energia em todos os estados e no Distrito Federal
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) enviou técnicos ao Paraná para investigar o apagão nacional ocorrido na madrugada, causado por um incêndio em subestação.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontou um incêndio em uma subestação paranaense como a causa do apagão que, na madrugada desta terça-feira, 14 de outubro de 2025, atingiu todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. O incidente, que começou por volta de 0h32 em um reator da subestação de Bateias, localizada em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, desencadeou uma reação em cadeia no Sistema Interligado Nacional (SIN).
Diante da ampla interrupção no fornecimento de energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o envio de técnicos ao Paraná para uma investigação aprofundada. A agência informou que fiscais realizarão uma inspeção in loco na subestação afetada e instaurarão processos para apurar responsabilidades, além de exigir explicações das empresas envolvidas.
O Ministério de Minas e Energia (MME) corroborou a informação de que as causas do incêndio ainda estão sob apuração. Em comunicação oficial, o ministério destacou que o evento resultou no desligamento de aproximadamente 10 mil megawatts de carga. No entanto, o sistema respondeu com celeridade, e o restabelecimento ocorreu em um período considerado inferior ao de outras ocorrências similares já registradas no país.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou que o apagão não decorreu de uma escassez de energia, mas sim de uma falha técnica na infraestrutura de transmissão. Ele assegurou que o país possui um sistema robusto e que há obras de reforço em andamento, citando investimentos recentes que somam cerca de R$ 70 bilhões em linhas de transmissão. Silveira descreveu o episódio como “pontual” e rapidamente controlado pelo ONS.
Especialistas do setor, consultados por técnicos, defendem uma investigação detalhada do incêndio, com análise minuciosa dos equipamentos da subestação – procedimento comparado à apuração de falhas mecânicas em aeronaves. Uma das principais indagações é o motivo pelo qual um problema localizado não foi contido pelos mecanismos de proteção, permitindo sua propagação por todo o sistema elétrico nacional. Até o momento, a hipótese de sabotagem foi descartada por autoridades e técnicos, que consideram uma falha pontual em equipamentos da subestação paranaense como a linha principal de apuração.