Uma explosão de grandes proporções no porto Shahid Rajaee, em Bandar Abbas, no sul do Irã, resultou na morte de quatro pessoas e deixou mais de 500 feridos neste sábado (26). O incidente ocorreu na área de contêineres do porto.
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As autoridades iranianas ainda investigam a causa da explosão. Um oficial local de gerenciamento de crises informou à TV estatal que “a origem deste incidente foi a explosão de vários contêineres armazenados na área do cais do Porto Shahid Rajaee”. Ele acrescentou que as equipes estão “atualmente evacuando e transferindo os feridos para centros médicos”.
A TV estatal, citando o porta-voz dos socorristas, reportou que pelo menos 516 pessoas ficaram feridas. A agência de notícias semi-oficial Tasnim divulgou imagens de pessoas feridas recebendo atendimento no local.
Os esforços para conter o incêndio resultante da explosão continuam. A alfândega do porto informou que caminhões estão sendo retirados da área e que o pátio de contêineres onde ocorreu a explosão provavelmente continha “bens perigosos e produtos químicos”.
A TV estatal sugeriu que “a negligência no manuseio de materiais inflamáveis foi um fator contribuinte” para a explosão.
Impacto e Contexto
A explosão causou danos significativos, quebrando janelas em um raio de vários quilômetros, de acordo com a mídia iraniana. Imagens compartilhadas online mostram uma nuvem em forma de cogumelo se formando após a explosão. A agência de notícias Fars informou que o estrondo foi ouvido em Qeshm, uma ilha a 26 quilômetros de Bandar Abbas.
A Companhia Nacional de Refino e Distribuição de Petróleo do Irã emitiu um comunicado assegurando que as instalações petrolíferas não foram afetadas pela explosão: “A explosão e o incêndio no Porto Shahid Rajaee não têm ligação com refinarias, tanques de combustível, complexos de distribuição e oleodutos relacionados a esta companhia.”
O incidente ocorre no mesmo dia em que o Irã inicia uma terceira rodada de negociações com os Estados Unidos em Omã sobre um possível acordo relacionado à tecnologia nuclear.
Em 2020, o mesmo porto foi alvo de um ciberataque que causou grandes congestionamentos. Na época, o jornal “The Washington Post” reportou que Israel parecia estar por trás do incidente como retaliação a um ataque cibernético iraniano anterior. Até o momento, não houve comentários do Exército israelense ou do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre uma possível ligação com a explosão.
Fonte: g1.globo.com