O governo brasileiro foi surpreendido por uma operação dos Estados Unidos que retirou opositores do governo de Nicolás Maduro, que estavam asilados na embaixada da Argentina em Caracas, Venezuela. A embaixada argentina está sob custódia brasileira desde que a Venezuela expulsou diplomatas argentinos após o governo de Javier Milei não reconhecer a vitória de Maduro nas eleições do ano passado.
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Diplomatas brasileiros informaram que o Itamaraty não tinha conhecimento prévio da operação americana. A “linha de atuação” do Itamaraty, segundo os diplomatas, sempre foi buscar salvo-condutos para que os opositores fossem acolhidos como asilados, o que nunca foi concedido pelo governo venezuelano. “Não estão claras as circunstâncias da saída”, relatou um diplomata, acrescentando que a embaixada está cercada por forças de segurança locais. O Itamaraty informou que o grupo está em segurança.
Repercussão Internacional
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou o resgate dos opositores e sua chegada aos EUA. “Os EUA comemoram o resgate bem-sucedido de todos os reféns mantidos pelo regime de Maduro na Embaixada Argentina em Caracas”, publicou Rubio em uma rede social. O presidente da Argentina, Javier Milei, também celebrou a operação, referindo-se a ela como uma “extração” feita sem o consentimento do governo Maduro.
Contexto Político
A relação entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolás Maduro tem se mostrado distante, assim como as relações diplomáticas entre os dois países. Lula, assim como outros líderes internacionais, cobrou a divulgação das atas eleitorais das eleições presidenciais venezuelanas de 2024, o que desagradou Maduro. O Brasil não reconheceu formalmente a vitória de Maduro nem da oposição, adotando o entendimento de reconhecer o Estado venezuelano, não um governo específico.
O Conselho Nacional Eleitoral venezuelano afirma que Maduro venceu o opositor Edmundo Gonzáles, posição também defendida pela Suprema Corte venezuelana, que proibiu a divulgação das atas. Segundo o governo Maduro, as atas comprovam sua vitória, enquanto a oposição alega que a divulgação comprovaria a vitória de González.
Fonte: g1.globo.com