A economia dos Estados Unidos apresentou uma contração de 0,3% no primeiro trimestre, em taxa anualizada, revertendo o crescimento de 2,4% registrado nos últimos três meses de 2024. Os dados preliminares, divulgados pelo Departamento do Comércio, surpreenderam analistas que previam um aumento de 0,3% para o período.
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O declínio foi impulsionado principalmente pelo aumento significativo das importações, que cresceram a uma taxa de 41,3%. Esse aumento, o maior desde o auge da pandemia de Covid-19, refletiu os esforços das empresas para evitar os custos mais altos decorrentes da política de tarifas implementada pelo governo.
Impacto do Comércio e Gastos Governamentais
O aumento das importações anulou um crescimento modesto nas exportações, resultando em um grande déficit comercial que reduziu o PIB em 4,83 pontos percentuais. Adicionalmente, a economia foi pressionada por uma queda nos gastos do governo federal, possivelmente relacionada a cortes orçamentários.
Os dados do PIB reforçam as informações divulgadas anteriormente pelo Censo do Departamento de Comércio, que apontaram para um déficit comercial em março, à medida que as empresas intensificaram a compra de mercadorias do exterior antes da implementação das tarifas.
Reação de Trump e do Mercado
O presidente Donald Trump, que completou 100 dias no cargo, minimizou o impacto das tarifas na contração econômica. “Este é o mercado de ações de Biden, não de Trump. Só assumi em 20 de janeiro. As tarifas começarão a valer em breve, e as empresas estão começando a se mudar para os EUA em números recordes”, declarou Trump em uma publicação nas redes sociais.
Após a divulgação dos dados, os principais índices de Wall Street registraram queda, refletindo as crescentes preocupações sobre o impacto econômico das políticas tarifárias.
Contexto das Tarifas
Desde que assumiu o cargo, Trump implementou uma série de tarifas, inicialmente direcionadas a países e produtos específicos, e posteriormente expandidas para mais de 180 países. Recentemente, o governo tem sido pressionado a rever essa política, e Trump assinou uma ordem para reduzir o impacto das tarifas sobre o setor automotivo.
Fonte: g1.globo.com