O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira, durante sua passagem pelo Catar, que um acordo com o Irã sobre o programa nuclear iraniano está próximo. O objetivo é evitar um possível conflito. “Não vamos gerar poeira nuclear no Irã”, afirmou Trump, complementando que acredita estar perto de um acordo sem que isso seja necessário.
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Horas antes da declaração de Trump, Ali Shamkhani, conselheiro do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, expressou em entrevista à NBC a disposição do Irã em aceitar restrições ao seu programa nuclear, em troca da suspensão imediata das sanções americanas.
As declarações ocorrem após a quarta rodada de negociações entre Irã e Estados Unidos, iniciadas em abril. Os contatos representam o encontro de funcionários de maior escalão desde a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear (JCPOA) em 2018, por decisão de Trump.
A viagem de Trump ao Golfo, que incluiu visitas à Arábia Saudita e segue para os Emirados Árabes Unidos, tem sido marcada por declarações sobre diversas questões. O presidente reiterou o interesse dos Estados Unidos em assumir o controle da Faixa de Gaza para transformá-la em uma “zona de liberdade”. Ele também advertiu os rebeldes huthis do Iêmen sobre a possibilidade de retomada da ofensiva americana, mesmo após o cessar-fogo decretado em 6 de maio.
Na terça-feira, Trump surpreendeu ao anunciar a retirada das sanções contra a Síria e se reuniu em Riade com o presidente Ahmed al Sharaa. O presidente americano também mencionou uma possível visita à Turquia, caso avancem as negociações entre Rússia e Ucrânia.
A viagem de Trump demonstra uma priorização das monarquias ricas em petróleo e gás em detrimento dos aliados tradicionais dos Estados Unidos na Europa. As visitas foram acompanhadas de anúncios econômicos e promessas de investimentos, com valores elevados. A Arábia Saudita prometeu investimentos de até 600 bilhões de dólares, enquanto a Qatar Airways anunciou um pedido de aviões da Boeing por US$ 200 bilhões. O Catar investirá 10 bilhões de dólares na base militar americana de Al Udeid.