Especialista aponta cinco erros que podem bloquear sua mudança de carreira

Mentora de carreira lista armadilhas comuns e dá dicas para planejar uma transição profissional bem-sucedida

Mentora de carreira lista cinco erros comuns em transições profissionais e oferece conselhos para um planejamento eficaz, visando o sucesso na nova trajetória.

A falta de clareza nos objetivos pode ser um obstáculo em uma transição de carreira bem-sucedida, de acordo com a mentora Gisele Miranda. A especialista aponta que o planejamento, inclusive financeiro, é crucial para uma mudança segura.

“Nunca é bom agir sem refletir”, alerta Gisele, ressaltando que essa decisão não deve ser impulsiva. É essencial elaborar um plano detalhado, considerando os recursos necessários, já que a pessoa estará abrindo mão da estabilidade e entrando em uma nova área.

Além disso, Gisele aconselha a priorizar empresas que valorizem o crescimento profissional de seus funcionários. No entanto, ela adverte que a visão idealizada de um trabalho perfeito é irreal. “Nenhuma instituição será perfeita. Por isso, o importante é ter equilíbrio e buscar por empresas respeitosas e éticas, mesmo que haja contrapontos não tão positivos”.

Agir impulsivamente é um dos erros mais frequentes, segundo a mentora. “Quando agimos impulsivamente, corremos o risco de tomar decisões que podem levar ao arrependimento no futuro, já que são questões importantes e que acarretam consequências significativas”, explica Gisele.

Outro erro comum é a exclusão de oportunidades. “Planos são bons, mas quando passam a eliminar possibilidades diferentes do programado, o planejamento pode tornar-se maléfico”, avalia Gisele. É importante ter um plano de carreira, mas sem segui-lo “à risca”, já que este deve servir para o profissional apenas se apoiar.

Criar expectativas irreais também pode ser prejudicial. Antes de aceitar um novo emprego, é importante conhecê-lo o melhor possível. “A teoria é diferente da prática. Por isso, é importante que aquele que busca um novo propósito tenha em mente esse pensamento”, opina a mentora.

A falta de uma reserva financeira é outro ponto crítico. “A palavra ‘transição’, a meu ver, é quase um sinônimo para ‘mover-se do conforto'”, opina Gisele. “Quando saímos da nossa ‘bolha’, mesmo que acompanhados de um plano bem estruturado, haverá imprescindivelmente obstáculos em nossos caminhos, que podem vir a atrapalhar o alcance do objetivo final. Sendo assim, é interessante uma poupança de emergência”, continua.

Por fim, Gisele ressalta que o retorno financeiro não deve ser o único fator a ser considerado. Outros aspectos, como as funções, a rotina, o ambiente de trabalho, a cultura da empresa e as possibilidades de desenvolvimento pessoal e profissional, também são importantes. Uma pesquisa recente realizada pela Pagegroup apontou que a principal razão para a transição no âmbito profissional é a falta de perspectiva de crescimento na empresa.