Drone Causa Alerta em Presídio: Operação Termina em Morte e Apreensão de Drogas

A movimentação suspeita de um drone sobrevoando a penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande culminou em uma operação policial que resultou na morte de um indivíduo armado na madrugada desta sexta-feira (27). O homem, cuja identidade não foi divulgada, foi baleado durante um confronto com policiais do Batalhão de Choque. A ação policial revelou um esquema de tráfico de drogas e comunicação ilegal dentro do sistema prisional, com a apreensão de quase sete quilos de maconha, celulares e outros equipamentos.

De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia realizava patrulhamento na região, quando avistou o drone realizando voos repetidos em direção ao presídio. Suspeitando do uso do equipamento para o lançamento de entorpecentes, os policiais iniciaram o monitoramento.

O rastreamento do drone conduziu os agentes a uma residência próxima à penitenciária, local de onde o aparelho decolava e aterrissava. Ao se aproximarem, os policiais notaram a porta entreaberta, luzes acesas e, através da fresta, visualizaram uma quantidade considerável de substância aparentando ser maconha, além de aparelhos celulares. Ao entrarem na residência, os policiais foram surpreendidos por um homem armado.

O registro policial aponta que os agentes ordenaram que o suspeito largasse a arma, mas a ordem foi ignorada. Diante da alegação de “ameaça iminente”, os policiais efetuaram disparos contra o homem. Ele foi socorrido e levado para o Centro Regional de Saúde, onde seu óbito foi confirmado pela equipe médica.

Na residência, foram apreendidas 19 porções de maconha, totalizando 6,8 quilos, além do drone utilizado para o transporte, balanças de precisão e diversos aparelhos celulares, indícios da atividade de comunicação ilegal com detentos.

O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) como morte decorrente de intervenção legal, porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas em área próxima a presídio e favorecimento real. A polícia investiga a extensão da rede de apoio ao esquema de tráfico no entorno do presídio.