O dólar abriu a terça-feira sob a expectativa dos discursos de sete dirigentes do Federal Reserve (Fed), após a agência Moody’s rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos no fim da semana passada. A Moody’s cortou a nota da maior economia mundial de “AAA” para “AA1”, alterando a perspectiva de “negativa” para “estável”, citando preocupações com o aumento da dívida e a sustentabilidade das contas públicas americanas.
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O mercado aguarda os pronunciamentos das autoridades do Fed para avaliar a reação ao rebaixamento e antecipar possíveis medidas na política de juros. Espera-se que os diretores do Fed se dividam entre a cautela em aguardar novos dados econômicos e a ênfase na desaceleração da inflação e no acordo comercial EUA-China, este com validade de apenas 90 dias. Investidores preveem pelo menos dois cortes na taxa de juros até o final do ano, com o primeiro possivelmente em setembro.
Na abertura, o dólar operava em ritmo de expectativa. Na véspera, a moeda americana fechou em queda de 0,25%, cotada a R$ 5,6546, acumulando recuo de 0,25% na semana, queda de 0,39% no mês e perda de 8,50% no ano.
O Ibovespa, que inicia suas operações às 10h, encerrou o dia anterior em alta de 0,32%, atingindo 139.636 pontos, um novo recorde histórico. O índice acumula alta de 0,32% na semana, avanço de 3,38% no mês e ganho de 16,09% no ano.
Paralelamente, a China anunciou cortes nas taxas de juros de referência para empréstimos pela primeira vez desde outubro, buscando proteger sua economia dos impactos da guerra comercial com os EUA. Os principais bancos estatais também diminuíram suas taxas de depósito. A taxa primária de empréstimos (LPR) de um ano foi reduzida para 3%, e a LPR de cinco anos chegou a 3,5%, ambas no menor patamar desde 2019.
O mercado também observa a possibilidade de novos acordos comerciais dos EUA com seus parceiros. Na segunda-feira, a China solicitou medidas políticas responsáveis dos EUA para manter a estabilidade financeira e econômica global. Uma reportagem do “Financial Times” indicou que os EUA iniciaram negociações comerciais com a União Europeia. Washington já assinou um acordo com o Reino Unido e sinalizou possíveis acordos com a Índia, Japão e Coreia do Sul.