PUBLICIDADE

Dólar Dispara e Ameaça Economia Após Tarifa de 50% Anunciada pelos EUA

O dólar americano registrou forte alta frente ao real nesta quinta-feira, superando a marca de R$5,60, em resposta à aversão dos investidores à moeda brasileira. [...]

O dólar americano registrou forte alta frente ao real nesta quinta-feira, superando a marca de R$5,60, em resposta à aversão dos investidores à moeda brasileira. O movimento de alta ocorreu após o anúncio de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos, feita pelo presidente norte-americano na véspera.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Resumo rápido gerado automaticamente

O dólar disparou, atingindo R$5,60, após os EUA anunciarem tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, medida vinculada ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e comunicada ao presidente Lula por carta. Em resposta, Lula afirmou que o Brasil responderá com reciprocidade. A tarifa, que entra em vigor em 1º de agosto, gerou receio no mercado financeiro, com analistas do BTG Pactual destacando a deterioração do ambiente econômico e da parceria entre os países. O IPCA de junho apresentou alta de 0,24%, elevando a taxa acumulada em 12 meses para 5,35%.

Às 9h48, o dólar à vista atingiu R$5,6000 na venda, representando uma valorização de 1,75%. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento mais próximo apresentava leve baixa, cotado a R$5,610.

A medida imposta pelos EUA, com entrada em vigor prevista para 1º de agosto, surge em meio a tensões políticas e comerciais entre os dois países. A decisão, vinculada ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, foi comunicada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de uma carta. Além da tarifa geral, o governo dos EUA também instruiu o representante comercial a iniciar uma investigação sobre supostas práticas comerciais desleais por parte do Brasil.

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China, e a nova tarifa representa um aumento significativo em relação aos 10% anunciados anteriormente.

Em resposta, o presidente Lula afirmou que o Brasil responderá com reciprocidade a qualquer medida unilateral de elevação de tarifas, ressaltando a soberania do país e a independência de suas instituições.

O mercado financeiro reagiu de forma imediata, com investidores vendendo a moeda brasileira diante do receio dos impactos da tarifa sobre a economia nacional. Analistas do BTG Pactual destacaram que o maior custo dessa nova rodada de tarifas reside na deterioração do ambiente econômico, na relação de parceria histórica entre os dois países e na incerteza gerada.

No cenário global, o foco também se concentra na política comercial dos EUA, embora com um tom mais otimista, dado que as tarifas têm sido direcionadas principalmente a parceiros menores, como Argélia, Iraque, Líbia, Sri Lanka e Filipinas.

Adicionalmente, avanços nas negociações tarifárias com outros parceiros alimentam a esperança de que uma guerra comercial generalizada possa ser evitada antes de 1º de agosto, prazo estabelecido para a implementação das novas tarifas.

Na Europa, o chefe de comércio da União Europeia expressou otimismo em relação à conclusão de um acordo comercial com os EUA nos “próximos dias”.

No âmbito interno, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou alta de 0,24% em junho, elevando a taxa acumulada em 12 meses para 5,35%, acima da meta contínua de inflação estabelecida pelo governo.

Leia mais

Rolar para cima