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Dólar Desaba: ‘Tarifaço’ de Trump Abalam Mercados Globais e Acendem Alertas de Recessão

O dólar abriu em forte baixa nesta quinta-feira, refletindo a turbulência nos mercados globais após o anúncio das tarifas recíprocas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, detalhada na véspera, gerou forte reação negativa, com investidores temendo um cenário de inflação e recessão [...]

O dólar abriu em forte baixa nesta quinta-feira, refletindo a turbulência nos mercados globais após o anúncio das tarifas recíprocas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, detalhada na véspera, gerou forte reação negativa, com investidores temendo um cenário de inflação e recessão econômica global. Por volta das 9h, a moeda americana já registrava queda superior a 1,50%, sendo negociada a R$ 5,61.

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O dólar desabou, atingindo R$ 5,61, após o anúncio de tarifas recíprocas de Donald Trump, que geraram temor de inflação e recessão global. As tarifas americanas, que em alguns casos ultrapassam 40% na Ásia e Oriente Médio, também impactaram a Europa, levando a União Europeia a considerar retaliações. Christine Lagarde, do BCE, alertou que a guerra comercial pode levar a Europa à "independência". No Brasil, o Senado aprovou projeto para retaliar países com barreiras comerciais, em resposta ao protecionismo americano.

A desvalorização do dólar não se restringe ao mercado brasileiro. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de outras divisas importantes, apresentou queda de quase 2%, atingindo o menor nível desde setembro do ano anterior. A explicação reside na preocupação generalizada com os impactos das novas tarifas.

Trump detalhou que as tarifas cobradas sobre produtos importados seriam equivalentes a pelo menos metade das taxas impostas pelos outros países aos produtos americanos. Ásia e Oriente Médio foram as regiões mais afetadas, com tarifas ultrapassando 40% em alguns casos. A Europa também sentiu o impacto, com o presidente classificando os comerciantes europeus como “muito duros”. O Brasil, por sua vez, foi incluído no grupo com tarifas mais amenas, de 10% sobre todas as importações.

Analistas avaliam que o aumento generalizado das tarifas pode encarecer não apenas os produtos finais, mas também os insumos utilizados na produção de bens e serviços nos EUA. Esse cenário, conforme especialistas, pressionaria a inflação e reduziria o consumo, podendo levar a uma desaceleração ou recessão da economia americana – fator que contribui para a desvalorização do dólar.

Na abertura do dia, o dólar era cotado a R$ 5,6135, queda de 1,49%. No dia anterior, a moeda havia registrado alta de 0,27%, cotada a R$ 5,6986. O Ibovespa, por sua vez, iniciou o pregão com expectativa após fechar o dia anterior com leve alta de 0,03%, atingindo 131.190 pontos.

O “tarifaço” de Trump reacendeu o temor de uma guerra comercial generalizada, com países retaliando as medidas americanas com suas próprias tarifas. Ursula von der Leyen, chefe do Executivo da UE, afirmou que possui um “plano forte” para retaliar as tarifas dos EUA, embora prefira uma solução negociada.

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), ressaltou que a guerra comercial iniciada pelos EUA pode levar a Europa à “independência”. “Ele chama de ‘Dia da Libertação’ nos Estados Unidos, mas eu vejo como um momento em que devemos decidir juntos como controlar de melhor maneira o nosso destino”, declarou.

No Brasil, o Senado aprovou um projeto que autoriza o governo a retaliar países que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros. A medida demonstra a crescente preocupação com as consequências do protecionismo americano e a necessidade de defender os interesses nacionais no cenário global.

Fonte: http://g1.globo.com

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