O dólar abriu em queda de 0,38% nesta quinta-feira, cotado a R$ 5,6231 às 9h30. O movimento ocorre após um avanço de 0,17% na quarta-feira, quando fechou a R$ 5,6447. A cautela dos investidores persiste diante da incerteza em relação ao equilíbrio das contas públicas brasileiras. O governo enfrenta pressão para reverter o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e apresentar alternativas para compensar a perda de receita, com um pacote fiscal aguardado para a próxima semana.
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No cenário externo, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu sua taxa de juros para 2% ao ano, em resposta à inflação controlada na zona do euro, sinalizando flexibilidade para futuras decisões. A entrevista coletiva da presidente do BCE, Christine Lagarde, é aguardada para fornecer mais detalhes sobre os próximos passos da política monetária europeia.
A política comercial dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente, também permanece no radar do mercado. A atenção se volta para o andamento das negociações para reduzir tarifas sobre importações, com os dados da balança comercial de abril, que devem indicar o impacto do primeiro mês das novas tarifas.
No Brasil, a crise gerada pelo anúncio e posterior recuo do aumento do IOF continua a impactar o mercado. O governo negocia com o Congresso uma proposta alternativa para substituir a receita esperada com o aumento do imposto, após a forte reação negativa à medida. O presidente do Banco Central manifestou sua visão contrária ao uso do IOF para fins arrecadatórios ou de política monetária.
O corte de juros pelo BCE marca uma nova fase na política monetária europeia, após uma série de reduções nas taxas de empréstimo. O banco central indicou que suas futuras decisões dependerão da avaliação das perspectivas de inflação, dados econômicos e a força da transmissão da política monetária.
Nos Estados Unidos, a decisão de dobrar as tarifas sobre importações de aço e alumínio reacendeu o alerta sobre os possíveis impactos da política tarifária na inflação global e no crescimento econômico. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) já reduziu sua projeção de crescimento econômico global, citando as tensões comerciais e incertezas. A ação de Trump ocorre em um contexto de negociações comerciais em andamento, com o presidente pressionando por acordos mais favoráveis aos EUA.