O Sistema Único de Saúde (SUS) ganha um importante reforço no combate ao câncer com a inauguração de um centro de diagnósticos em São Paulo, fruto de parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o hospital AC Camargo. A iniciativa promete aumentar a capacidade de análise de amostras para diagnóstico de câncer em 400 mil exames por ano, em um contexto em que a doença afeta cerca de 700 mil brasileiros anualmente.
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O novo centro, denominado Super Centro para Diagnóstico do Câncer, é parte do programa Agora tem Especialistas, do Ministério da Saúde, e conta com um investimento de R$ 126 milhões. Com foco em telemedicina, o centro tem capacidade para emitir até mil laudos por dia, reduzindo o tempo de retorno dos laudos de 25 para 5 dias. A expectativa é que essa agilidade contribua para a redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento.
Durante o lançamento, autoridades destacaram o potencial da teleconsultoria para otimizar o atendimento cardiológico, com estimativas de redução de até 70% nas filas de espera. A iniciativa visa desafogar as filas, proporcionar cuidado rápido aos pacientes e otimizar o uso dos especialistas disponíveis no país.
O A.C.Camargo Cancer Center, agora integrante do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), compartilhará sua expertise em diagnóstico à distância com unidades do SUS em todo o país.
O SUS continua responsável pela coleta de material para biópsia. As amostras seguem para análise por meio de transporte especializado ou digitalizadas e transmitidas remotamente ao centro por hospitais da rede pública, inicialmente 20 unidades pólo que receberão treinamento do A.C. Camargo.
O hospital ofertará telelaudo para conferência diagnóstica ao vivo e uma segunda opinião, que poderá ser solicitada para confirmação do diagnóstico, esclarecimento de dúvidas e apoio na decisão terapêutica.
Além da inauguração do centro de diagnósticos, foi anunciado um repasse de R$ 8,2 milhões ao Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) para a compra de um acelerador linear, equipamento de tratamento para câncer. Esse investimento faz parte do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (Persus II), que destinará R$400 milhões para recompor a capacidade tecnológica da rede pública.
Adicionalmente, foi anunciado um investimento de R$ 12 milhões para ampliação de atendimentos no Instituto do Coração.