Uma década após o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), atingidos ainda lutam por reparação e responsabilização dos culpados.
Dez anos após o desastre de Mariana, atingidos ainda buscam justiça e reparação, enquanto a memória da tragédia permanece viva.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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Dez anos se passaram desde o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), um desastre que ceifou vidas, destruiu comunidades e gerou um rastro de danos ambientais e sociais. Moradores como Mônica Santos, do distrito de Bento Rodrigues, ainda lutam por justiça e pela reconstrução de suas vidas.
A tragédia, ocorrida em 5 de novembro de 2015, liberou cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, devastando o distrito de Bento Rodrigues e outras comunidades próximas. Dezenove pessoas morreram e mais de 600 ficaram desabrigadas.
Mônica Santos, que perdeu sua casa e seus pertences, hoje reside no reassentamento de Novo Bento Rodrigues, mas relata que as casas ainda apresentam problemas e que nem todos os desabrigados foram devidamente atendidos. A líder comunitária clama por indenizações justas e pela responsabilização dos envolvidos.
Impunidade e o Risco de Novas Tragédias
Para Márcio Zonta, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração, o desastre de Mariana é um reflexo da falta de participação popular nas decisões sobre mineração e da priorização dos interesses das empresas em detrimento da segurança e do bem-estar da população. Ele alerta para o risco de novas tragédias, considerando o grande número de barragens em situação de risco no país, especialmente em Minas Gerais.
A Samarco, empresa responsável pela barragem, afirma ter destinado bilhões de reais para ações de reparação e compensação, incluindo indenizações individuais e projetos de revitalização da bacia do Rio Doce. No entanto, muitos atingidos ainda se queixam da lentidão e da insuficiência das medidas de reparação.
A luta por justiça e reparação continua, com a esperança de que os responsáveis sejam punidos e que medidas eficazes sejam implementadas para evitar que desastres como o de Mariana se repitam.
