Estatal busca alternativas após Tesouro negar aval devido a juros altos; aporte direto é considerado.
Os Correios estão renegociando um empréstimo de R$ 20 bilhões e explorando alternativas com o Tesouro para enfrentar sua crise financeira.
Os Correios informaram que estão renegociando um empréstimo de R$ 20 bilhões necessário para a continuidade das operações da empresa. A medida ocorre após o Tesouro Nacional negar o aval para a operação de crédito devido aos juros considerados elevados.
A direção dos Correios enviou um comunicado aos funcionários detalhando as medidas de reestruturação da empresa e reforçando a necessidade dos recursos para os anos de 2025 e 2026. O Tesouro, órgão responsável por administrar as finanças públicas, não aceitou dar garantias a uma operação com juros acima de 120% do CDI, visando proteger os cofres públicos.
O comunicado aos funcionários também menciona que “outras alternativas para solução dessa questão estão sendo construídas em parceria entre os Correios e o Tesouro”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu a possibilidade de um aporte direto de recursos para socorrer a estatal.
Alternativas em Discussão
Haddad ressaltou que, caso ocorra o aporte, ele será feito dentro das regras do arcabouço fiscal. A busca por recursos financeiros envolve negociações e diálogo técnico entre os Correios e o Tesouro Nacional, com o objetivo de garantir a proposta mais equilibrada, com menor custo e maior segurança para a empresa.
Os Correios enfatizaram que estão trabalhando para garantir a liquidez imediata e alinhar as ações ao Plano de Reestruturação, visando a segurança técnica para todas as partes envolvidas. A empresa busca alternativas para viabilizar o acesso aos recursos necessários e assegurar a continuidade dos serviços.
