A conta de luz dos brasileiros pode sofrer um aumento já em maio, devido à diminuição do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. A causa é a redução das chuvas no início do período de seca, conforme alerta emitido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em relatório divulgado na quinta-feira (17).
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Resumo rápido gerado automaticamente
Cenários Preocupantes
O relatório da CCEE analisou quatro cenários distintos, baseados em dados de regimes de chuva passados e projeções para este ano. O primeiro cenário considerou a precipitação observada entre janeiro e junho de 2018, um ano de chuvas moderadas. O segundo cenário utilizou dados de 2021, período marcado por forte escassez hídrica. Os cenários 3 e 4 se baseiam em projeções de precipitação para 2025, com variações entre cenários mais pessimistas e moderados.
Em três dos quatro cenários analisados, a necessidade de acionar a bandeira amarela já em maio é evidente. A partir de junho, dois cenários indicam a aplicação da bandeira vermelha no patamar 1, e três cenários apontam para essa bandeira em julho. A bandeira vermelha implica em um custo adicional significativo, aplicado quando a geração de energia se torna mais cara.
Atualmente, a bandeira verde está em vigor desde dezembro de 2024, sem cobranças extras. O sistema de bandeiras tarifárias indica mensalmente o custo da geração de energia. Quando os reservatórios estão em níveis baixos, é necessário acionar fontes de energia mais caras, como as termelétricas, o que exerce pressão sobre o valor final da tarifa.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está avaliando a possibilidade de substituir a bandeira verde pela amarela, o que resultaria em um acréscimo de R$ 1,88 para cada 100 kWh consumidos. Segundo a Aneel, a mudança na bandeira ainda não foi confirmada, mas a possibilidade de aumento está sendo considerada diante da redução no armazenamento de água nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Fonte: campograndenews.com.br