Produtores rurais do interior de São Paulo estão investindo no cultivo de folhas de louro, especiaria aromática utilizada tanto na culinária quanto na medicina tradicional. A atividade se mostra uma alternativa de renda para os agricultores da região.
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Um exemplo notável é o de Alexandre Sá, que mantém a tradição familiar ao cultivar 11 mil pés de louro em uma área de três hectares. O produtor implementou uma técnica de colheita gradual, otimizando a produção e a rentabilidade. Anteriormente, a colheita era realizada em duas safras anuais, mas, a partir de 2022, a estratégia de colheita contínua demonstrou resultados superiores.
“Em vez de eu colher toda a lavoura numa etapa de seis meses, prefiro colher de forma gradual, para ter produção o ano inteiro. Isso me dá uma rentabilidade melhor. Enquanto vou colhendo e terminando, no ponto onde comecei, já tenho produção de novo. Assim, fico com rentabilidade financeira todo mês e uso menos mão de obra. A produção consegue atender o cliente o ano inteiro”, explica Sá.
A colheita é realizada manualmente quando as plantas atingem cerca de um metro e meio de altura. As folhas são cuidadosamente colhidas, sem serem arrancadas completamente, para permitir a rebrota. Após a colheita, as folhas são organizadas em fardos à sombra, pesadas, armazenadas e, finalmente, passam pelo processo de secagem.
Além da colheita tradicional, alguns produtores utilizam a técnica de alporquia para a produção de mudas. O método consiste em fazer um anel no galho, cobrindo-o com musgo e hormônio vegetal para estimular o enraizamento em aproximadamente 90 dias.
O cultivo de louro exige atenção constante, com monitoramento frequente para evitar pragas e doenças que podem comprometer a qualidade das folhas. Apesar dos cuidados necessários, a planta se apresenta como uma opção rentável para os produtores da região.