O renomado cartunista Cláudio de Oliveira, aos 61 anos, recorda o início de sua trajetória profissional, marcada pela repressão do regime militar e pela luta contra a censura. Para ele, a tentativa de silenciar o humor resulta em algo “muito sem graça”, um obstáculo à sua arte e à liberdade de expressão.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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Oliveira iniciou sua carreira no final da década de 1970, um período de intensa movimentação política no Brasil. A “Carta aos Brasileiros”, proferida no Largo de São Francisco, e o retorno dos exilados ao país criaram um cenário de efervescência que o inspirou a criar charges e a satirizar o poder.
“O tempo era aflorado na política… Comecei a fazer charges nessa época de efervescência”, relembra o cartunista, destacando a importância daquele contexto histórico em sua formação. A política, para Oliveira, é um palco a ser desvendado e apresentado ao público através de sua arte.
Através de suas charges, Cláudio de Oliveira busca iluminar os bastidores do poder e provocar a reflexão no leitor, utilizando o humor como ferramenta de crítica e análise social. Sua obra permanece relevante, ecoando a importância da liberdade de expressão e da vigilância democrática.