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Centro-Oeste pode enfrentar racionamento de água até 2050, aponta estudo

Estudo do Instituto Trata Brasil alerta para o risco de racionamento de água no Centro-Oeste até 2050, afetando cidades como Campo Grande. [...]

Relatório prevê até 30 dias de desabastecimento por ano em regiões mais secas; Capital corre risco

Estudo do Instituto Trata Brasil alerta para o risco de racionamento de água no Centro-Oeste até 2050, afetando cidades como Campo Grande.

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Um estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria Ex Ante, alerta para o risco de racionamento de água no Centro-Oeste até 2050, com possibilidade de até 30 dias de desabastecimento em áreas mais secas. O relatório estima uma redução de 3,4% na disponibilidade hídrica anual no país devido ao aquecimento global, que deve aumentar as temperaturas e intensificar as chuvas. Campo Grande é uma das cidades em risco, com desafios para equilibrar o crescimento urbano e a proteção de seus mananciais, como o Córrego Guariroba. O estudo recomenda ações urgentes, como a redução de perdas nas redes de distribuição e a proteção de nascentes, para evitar um possível "apagão hídrico".

Cidades do Centro-Oeste brasileiro, incluindo Campo Grande, correm o risco de enfrentar períodos de racionamento de água cada vez mais longos nas próximas décadas, caso não haja investimentos urgentes em infraestrutura e gestão hídrica. O alerta vem de um novo relatório do Instituto Trata Brasil, elaborado em parceria com a consultoria Ex Ante, divulgado neste mês.

O estudo estima que, até 2050, o país poderá ter uma redução média de 3,4% na disponibilidade hídrica anual, o que equivale a cerca de 12 dias de racionamento em cidades com condições médias. No entanto, regiões mais secas, como parte do Centro-Oeste e do Nordeste, podem chegar a enfrentar mais de 30 dias sem abastecimento pleno ao longo do ano.

De acordo com o levantamento, o aquecimento global deve provocar um aumento de 1°C nas temperaturas máximas e cerca de 0,47°C nas mínimas até 2050, em relação aos níveis atuais. Além disso, os pesquisadores projetam menos dias de chuva, mas com eventos de precipitação mais intensos — um cenário que aumenta a evaporação e reduz a recarga dos mananciais. Essas mudanças, somadas à expansão urbana e às falhas no sistema de distribuição, podem criar um “apagão hídrico” em diversas regiões, caso as políticas de adaptação não avancem.

Risco em Campo Grande

Em Campo Grande, o desafio é manter o equilíbrio entre crescimento urbano, demanda crescente e proteção dos mananciais que abastecem a cidade, como o Córrego Guariroba, responsável por cerca de 30% da água tratada consumida na capital. Com o crescimento econômico projetado, a demanda por água tratada no país deve aumentar significativamente até 2050.

O relatório recomenda ações urgentes como reduzir perdas nas redes de distribuição, ampliar o reuso de água tratada, criar incentivos à captação de água da chuva e proteger nascentes e bacias hidrográficas. Adiar medidas de prevenção pode custar caro ao país e à população.

O Centro-Oeste, em particular, está em uma zona de transição climática e tende a sentir primeiro os efeitos combinados da seca e do aumento da temperatura.

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