Um caseiro de 55 anos, Angelo Gabriel Pereira França, permanecerá preso preventivamente após confessar o assassinato do seu patrão, Vilson José Tondato, de 65 anos. O crime ocorreu na segunda-feira (28) no Sítio Jardim do Éden, zona rural de Deodápolis, a aproximadamente 270 quilômetros de Campo Grande.
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A decisão de converter a prisão em preventiva foi tomada pela juíza Natália Devechi Picoli Antunes, atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual. A magistrada justificou a decisão com a necessidade de garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal, considerando a gravidade do crime e o risco de reiteração delitiva.
Histórico Criminal e Circunstâncias do Crime
Durante a audiência de custódia, a juíza ressaltou que Angelo possui antecedentes criminais, incluindo uma execução penal aberta por tentativa de homicídio ocorrida em Campo Grande. Embora o processo tenha sido extinto por prescrição no início deste ano, o fato de o réu não ter sido localizado para cumprir a pena pesou na decisão de manter a prisão.
A magistrada também enfatizou que o crime foi cometido contra alguém com quem o autor mantinha uma relação de confiança, e que as circunstâncias exigem uma investigação aprofundada antes de se considerar a alegação de legítima defesa apresentada pela defesa de Angelo.
O advogado de defesa, Heltonn Bruno Gomes Ponciano Bezerra, informou que está preparando um pedido de habeas corpus, argumentando que há elementos que indicam que o crime ocorreu após ameaças do patrão, e que seu cliente agiu em legítima defesa. Angelo foi encontrado escondido no galinheiro da propriedade na noite de terça-feira (29) por policiais civis e militares.
Alegada Discussão e Motivação
Angelo França, que trabalhava no sítio há quase um ano, relatou que o crime ocorreu após desentendimentos com Vilson Tondato no domingo (27). Segundo seu depoimento, após um almoço, os dois foram a um bar e consumiram álcool. Na volta, uma discussão em um mercado sobre uma dívida de R$ 5 mil referente ao conserto de um carro teria motivado o crime. Angelo alega que se sentiu humilhado pela cobrança feita na frente de outros clientes.
O caseiro afirmou que, na noite de domingo e na manhã de segunda-feira, viu o patrão circulando pela propriedade com duas espingardas. No dia do crime, Angelo alega que Vilson o teria ameaçado com uma espingarda, levando-o a reagir em legítima defesa, golpeando o patrão com uma faca e efetuando um disparo com a arma.
Fonte: campograndenews.com.br