Calor Extremo: Europa Sofre com Temperaturas Recordes e Impacto em Serviços Essenciais

Uma nova onda de calor intensa varre a Europa, elevando as temperaturas a níveis alarmantes e causando transtornos em diversos países. Itália, Portugal, França e Espanha enfrentam dias consecutivos de calor escaldante, com termômetros atingindo até 44 °C.

Na França, 84 das 95 regiões estão sob alerta laranja, o segundo nível mais alto. A ministra da Transição Ecológica expressou preocupação, afirmando que a situação é inédita. Como medida preventiva, cerca de 200 escolas públicas fecharam parcial ou totalmente.

Portugal está em alerta máximo devido ao calor extremo e ao risco de incêndios. Em Lisboa, as temperaturas superaram os 42°C.

A Itália colocou 21 cidades em alerta máximo, incluindo destinos turísticos populares como Roma, Milão e Nápoles. Algumas regiões planejam proibir atividades ao ar livre durante as horas de pico de calor. Hospitais italianos reportaram um aumento de 10% nos casos de insolação, afetando principalmente idosos, pacientes com câncer e pessoas em situação de rua. Em Roma, turistas buscam refúgio do calor em pontos turísticos, usando guarda-chuvas e se refrescando em fontes públicas.

Na Grécia, o risco de incêndios florestais é extremo. Um grande incêndio forçou evacuações e bloqueou estradas perto de Atenas, com 130 bombeiros, 12 aviões e 12 helicópteros mobilizados para combater as chamas.

A Espanha enfrenta temperaturas de até 42°C. O serviço meteorológico nacional indicou que junho pode ser o mês mais quente já registrado. No sábado, o país registrou um recorde de 46 °C em Granada. No Mar Mediterrâneo, a temperatura da água ultrapassou os 26 °C, um nível considerado típico de meados de agosto.

Cientistas apontam que as ondas de calor recorrentes são uma consequência do aquecimento global, tendendo a se tornar mais frequentes, duradouras e intensas. O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU afirma que é “quase certo” que a frequência, intensidade e duração das ondas de calor aumentaram desde 1950 e continuarão a aumentar com o aquecimento global.