O movimento hip-hop, com mais de meio século de história, é revisitado em um relançamento literário que destaca sua evolução e persistência em manter raízes na luta social. O grupo Brô MC’s, originário do Mato Grosso do Sul, é citado como um exemplo notável dessa conexão.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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Formado em 2009 por jovens guarani-kaiowá, o Brô MC’s se inspirou inicialmente em grupos como Racionais MC’s, mas logo desenvolveu uma identidade própria, expressando a realidade das aldeias através do rap.
O pesquisador e autor da obra ressalta a identificação dos jovens indígenas com a realidade das favelas, notando problemas em comum, como a violência, o alto índice de suicídios e a insegurança alimentar que afetam as comunidades. Ele destaca que as reservas indígenas, muitas vezes superlotadas e próximas das cidades, enfrentam desafios urbanos.
A força da mensagem transmitida pelo grupo, composto por Kelvin, Bruno, Charles e Clemerson, das aldeias Jaguapiru e Bororó, transformou-os em um símbolo de resistência cultural. Com mais de 15 anos de trajetória, o Brô MC’s mistura português, guarani e kaiowá em suas canções, alcançando palcos importantes, como o Rock in Rio e festivais internacionais. Em setembro, o grupo se apresentará no The Town, um dos maiores festivais do Brasil, em São Paulo.
O reconhecimento do trabalho do Brô MC’s se estende além dos palcos. O grupo lançou seu primeiro álbum de estúdio, intitulado “Retomada”, em colaboração com DJ Alok, dentro do projeto Som Nativo do Instituto Alok.