Queda é a maior em 16 anos, impulsionada pela redução do desmatamento na Amazônia.
O Brasil reduziu em 16,7% as emissões brutas de gases do efeito estufa em 2024, impulsionado pela queda no desmatamento, principalmente na Amazônia.
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O Brasil registrou uma redução de 16,7% nas emissões brutas de gases do efeito estufa em 2024, totalizando 2,145 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (GtCO2e). A comparação é feita com o ano anterior, quando foram emitidas 2,576 GtCO2e.
Se consideradas as emissões líquidas, que levam em conta a captura de carbono, a diminuição chega a 22%.
Os dados foram divulgados pelo Observatório do Clima, na 13ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG). O levantamento analisa cinco setores principais: mudança de uso da terra, agropecuária, energia, processos industriais e resíduos.
A queda observada é a maior dos últimos 16 anos e a segunda mais expressiva desde 1990. Márcio Astrini, do Observatório do Clima, avalia que o resultado fortalece a liderança brasileira na COP30.
Impacto Setorial e Geográfico
A mudança de uso da terra é o principal responsável pelas emissões, respondendo por 42% do total em 2024, com 98% desse valor originado do desmatamento. No entanto, o setor tem apresentado queda nas emissões desde 2022, devido ao aumento do controle do desmatamento, segundo Bárbara Zimbres, do IPAM.
A Amazônia se destacou com uma redução de 41% nas emissões.
O setor de agropecuária também apresentou uma leve queda de 0,7%. Em contrapartida, os setores de energia, processos industriais e resíduos registraram aumentos de 0,8%, 2,8% e 3,6%, respectivamente.
Rondônia, Pará e Mato Grosso lideraram a redução de emissões entre os estados.
As emissões líquidas totais do Brasil, após considerar as remoções de carbono, foram de 1,49 GtCO2e. As queimadas, embora não contabilizadas no inventário principal, tiveram um impacto significativo, elevando as emissões líquidas por fogo nos biomas.
