O Brasil se destaca na América Latina por concentrar o maior número de milionários, com aproximadamente 433 mil pessoas detentoras de fortunas em dólares. No entanto, essa concentração de riqueza contrasta com um cenário de profunda desigualdade social, colocando o país em uma posição desfavorável em um ranking global.
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Um relatório recente do banco suíço UBS, que analisou a dinâmica da riqueza em 56 nações, revelou que o Brasil possui um dos piores índices de desigualdade do mundo. O Índice de Gini, que mede a distribuição de renda e patrimônio, atingiu 0,82 no país, empatando com a Rússia no topo da lista dos países mais desiguais. Para efeito de comparação, a Eslováquia, que apresenta a menor desigualdade entre os países analisados, registrou um índice de 0,38.
O estudo do UBS considera não apenas a renda, mas todo o patrimônio de uma pessoa, incluindo bens financeiros e reais, como imóveis e veículos, descontadas as dívidas. Essa metodologia abrangente oferece uma visão mais completa da distribuição da riqueza, revelando disparidades que podem não ser evidentes ao se analisar apenas a renda.
Apesar do alto índice de desigualdade, o Brasil ocupa a 19ª posição no ranking global de países com o maior número de milionários. Os Estados Unidos lideram a lista com folga, abrigando cerca de 23,8 milhões de pessoas com fortunas milionárias, seguidos pela China continental, com 6,3 milhões. Na América Latina, o México ocupa o segundo lugar, com 399 mil milionários.
O relatório do UBS também aponta para um crescimento da riqueza global, impulsionado principalmente pelo desempenho das Américas, especialmente a América do Norte. No entanto, a desigualdade na distribuição dessa riqueza persiste, com países como o Brasil enfrentando desafios significativos para reduzir as disparidades sociais e promover um desenvolvimento mais equitativo.