Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram em Campo Grande neste domingo, em atos que pedem a anistia para os presos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A mobilização, que integra o movimento nacional “Reaja, Brasil”, teve início com uma motociata e um buzinaço concentrado na Praça do Clube.
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O organizador, Capitão Contar, do PRTB, havia estimado a participação de centenas de motociclistas na passeata. “A nossa expectativa é reunir motociclistas de todos os cantos de Mato Grosso do Sul para que possamos mostrar nossa união e a nossa força”, declarou, ressaltando que o objetivo principal é um “grito pela liberdade”. O percurso da motociata seguiu pela avenida Afonso Pena, do Parque das Nações até o Aeroporto Internacional, retornando à Praça do Clube, ponto de encontro com outros manifestantes.
Segundo a Polícia Militar, a estimativa extraoficial apontava para cerca de 5 mil pessoas concentradas na área da Praça do Clube.
Manifestantes expressaram suas motivações para participar do ato. Moacir de Andrade da Silva, técnico de laboratório residente em Campo Grande, manifestou sua indignação com a situação do país, alegando inversão de valores e críticas ao STF. Simone Ferreira, por sua vez, defendeu uma “justiça imparcial” e criticou o que considera uma disparidade de direitos.
O evento também gerou oportunidades de renda. Rummenigge Batista, vendedor de bandeiras, relatou ter investido em produtos temáticos e esperava obter lucro significativo com a venda.
As manifestações ocorrem em um momento em que Jair Bolsonaro enfrenta restrições impostas pela Justiça, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, após uma operação da Polícia Federal. As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República, devido ao risco de fuga do ex-presidente.