Projeção do IPCA para o próximo ano diminui, mas ainda supera o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
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A previsão de inflação para 2025 foi ajustada para 4,72% pelo mercado financeiro, segundo o Boletim Focus do Banco Central, mantendo-se acima do teto da meta.
Após um período de expectativas mais elevadas, a previsão de inflação para 2025 foi ajustada para 4,72% pelo mercado financeiro, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central. Essa revisão representa uma diminuição em relação aos 4,80% projetados uma semana antes e aos 4,83% de quatro semanas atrás.
Apesar da redução, a estimativa de 4,72% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 ainda se mantém acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, um limite superior de 4,5%. As projeções para os anos subsequentes, 2026 e 2027, permanecem estáveis em 4,28% e 3,9%, respectivamente.
Analisando o cenário recente, a prévia da inflação oficial, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicou um aumento de 0,48% em setembro, impulsionado principalmente pela alta no preço da energia elétrica. Com isso, o IPCA acumulado nos 12 meses encerrados em setembro atingiu 5,17%, mesmo após o índice ter registrado deflação de -0,14% no mês anterior. Por outro lado, os preços dos alimentos apresentaram queda pelo quarto mês consecutivo, com um recuo de 0,35% em setembro.
Para controlar a inflação e buscar o cumprimento da meta, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Essa porcentagem tem sido a projeção do Boletim Focus por 16 semanas consecutivas. Para os anos de 2026 e 2027, o mercado prevê uma redução da Selic para 12,25% e 10,50%, respectivamente. A manutenção da Selic em patamar elevado é justificada pelo Copom por incertezas no cenário econômico externo e pela moderação no crescimento interno, indicando que a taxa atual deverá ser mantida “por período bastante prolongado”.
No que tange ao Produto Interno Bruto (PIB), as expectativas do mercado financeiro para 2025 se mantiveram estáveis pela quinta semana consecutiva, projetando um crescimento de 2,16%. Para 2026, a estimativa é de 1,80%. Contudo, para 2027, as projeções de crescimento foram ligeiramente ajustadas para baixo, de 1,90% para 1,83%. Em relação ao câmbio, o dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 5,43, uma redução frente aos R$ 5,50 previstos quatro semanas antes. Para 2026 e 2027, as expectativas também apontam para uma leve queda, com projeções de R$ 5,51 para o último ano.