Comitê de Política Monetária (Copom) opta pela manutenção da taxa básica de juros pela terceira vez consecutiva, citando incertezas no cenário externo e inflação ainda acima da meta.
O Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano, influenciado pela inflação persistente e desaceleração econômica, sinalizando cautela na política monetária.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) optou, por unanimidade, por manter a taxa Selic em 15% ao ano. Esta é a terceira vez consecutiva que a taxa básica de juros da economia brasileira permanece neste patamar, o mais alto desde julho de 2006.
A decisão do Copom ocorre em um contexto de recuo da inflação e de desaceleração da atividade econômica. Em nota, o BC destacou que o ambiente externo permanece incerto, especialmente devido à conjuntura e à política econômica nos Estados Unidos, o que gera reflexos nas condições financeiras globais.
No cenário doméstico, o comunicado do BC aponta que a inflação continua acima da meta estabelecida, apesar da desaceleração da economia. Essa combinação de fatores indica que os juros deverão permanecer em níveis elevados por um período prolongado.
Perspectivas e Implicações
O Copom não descartou a possibilidade de voltar a elevar os juros, caso julgue necessário para assegurar a convergência da inflação à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
A manutenção da Selic em patamar elevado tem como objetivo conter a inflação, encarecendo o crédito e desestimulando a produção e o consumo. No entanto, essa medida também pode impactar o crescimento econômico, como demonstrado na recente diminuição da projeção de crescimento para 2025, de 2,1% para 2%, no Relatório de Política Monetária do Banco Central.
As projeções do mercado financeiro, de acordo com o boletim Focus, indicam uma inflação oficial de 4,55% para o ano, ligeiramente acima do teto da meta. O mercado também projeta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,16% em 2025.
