A companhia aérea Azul anunciou nesta quarta-feira o acionamento do Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, mecanismo similar à recuperação judicial no Brasil. A medida visa reestruturar as finanças da empresa e reduzir seu endividamento.
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Segundo a Azul, o processo permitirá que a empresa continue operando normalmente e atendendo seus clientes enquanto trabalha para ajustar sua estrutura financeira. O objetivo principal é reduzir o endividamento e gerar caixa. A empresa informou que o processo contempla US$ 1,6 bilhão em financiamento e prevê a eliminação de mais de US$ 2 bilhões (equivalente a R$ 11,28 bilhões) em dívidas. Adicionalmente, espera-se US$ 950 milhões em novos aportes de capital ao final do processo.
A Azul assegurou que manterá suas operações e compromissos, incluindo voos e reservas, durante o período de reestruturação. A empresa destacou que a medida conta com o apoio de seus principais stakeholders, como detentores de títulos, a AerCap (sua maior arrendadora) e as parceiras United Airlines e American Airlines.
John Rodgerson, CEO da Azul, atribuiu as dificuldades financeiras da companhia à pandemia de Covid-19, turbulências macroeconômicas e problemas na cadeia de suprimentos da aviação.
O anúncio da medida resultou em uma reação negativa do mercado. As ações da companhia em Nova York chegaram a registrar uma queda de 40% no pré-mercado. No Brasil, as ações da Azul já haviam sofrido forte desvalorização após a divulgação de um prejuízo de R$ 1,82 bilhão no primeiro trimestre do ano.
Anteriormente, a Azul era a única empresa aérea em operação no Brasil que não havia recorrido a um processo de recuperação judicial.