Em 1997, Margaret “Big Mags” Haney, uma avó escocesa, ascendeu à fama ao expulsar um criminoso sexual de um conjunto habitacional em Stirling. Sua atitude justiceira a transformou em uma figura midiática, culminando em participações em programas de onde confrontava suspeitos de abuso infantil. Aplaudida por muitos como defensora de pessoas decentes, Mags logo se tornou uma ativista contra a pedofilia, marcando presença em protestos por toda a Escócia.
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Entretanto, seis meses após sua ascensão, a imprensa revelou o passado criminoso da família Haney. Apelidados de “Família do Inferno da Escócia”, eram conhecidos por roubos e violência. A pressão da comunidade forçou Big Mags e sua família a deixarem o conjunto habitacional, escoltados pela polícia para evitar um tumulto.
Apesar do exílio, Mags manteve seu status de “celebridade” na mídia escocesa. Em 2000, uma investigação ística expôs um segredo ainda mais sombrio: Big Mags era a chefe de uma rede de tráfico de heroína. A reportagem, que incluiu a compra de drogas da família, revelou que Mags comandava a operação de dentro de seus apartamentos.
Uma operação policial secreta culminou na prisão de quatro membros do clã Haney. No tribunal, foi revelado que Mags lucrava até mil libras por dia com o tráfico, além de receber benefícios do Estado. Aos 60 anos, foi considerada a mentora da operação e condenada a 12 anos de prisão. Filha, sobrinha e filho também foram sentenciados por envolvimento no esquema.
Apesar das condenações, a operação de tráfico de drogas de Haney, que durou mais de uma década, gerou questionamentos sobre a demora em sua desarticulação. Um policial aposentado levantou a hipótese de que Mags atuava como informante da polícia. Ela faleceu em 2013, aos 70 anos.
