A série de audiências públicas sobre a concessão da BR-163/MS foi encerrada nesta quarta-feira (9) em Mundo Novo, com a promessa de encaminhamento de uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF). As audiências, coordenadas pela Assembleia Legislativa, reuniram cidadãos para discutir a relicitação da rodovia e as consequências da inadimplência da concessionária.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Resumo rápido gerado automaticamente
A última audiência, realizada no Centro de Convivência Daudt Conceição, abordou o tema “Concessão, inadimplência e consequências” e contou com a participação de centenas de pessoas. As reuniões anteriores foram realizadas em Naviraí, Dourados, Coxim, São Gabriel do Oeste, Rio Verde, Rio Brilhante e Campo Grande.
Revolta e Frustração
Durante os encontros, a população manifestou revolta e frustração com o abandono da rodovia. Segundo dados apresentados, a concessionária arrecadou R$ 3,6 bilhões em pedágios, mas investiu apenas R$ 1,97 bilhão dos quase R$ 4 bilhões captados.
O deputado estadual Junior Mochi, presidente da Comissão Temporária que acompanhou o processo, declarou: “Nosso objetivo sempre foi dar voz à população e denunciar o que está sendo feito nas sombras. Não podemos permitir que a história se repita por mais 30 anos. A BR-163 precisa ser símbolo de desenvolvimento, e não de abandono.”
Dados Alarmantes
Dos 806,3 km de duplicação previstos em cinco anos, apenas 150,4 km foram entregues. Usuários da BR-163 pagaram cerca de R$ 947,6 milhões a mais em tarifas desde 2019, mesmo com a inadimplência da concessionária. Entre janeiro e outubro de 2024, a rodovia registrou 865 acidentes e 74 mortes, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A denúncia a ser protocolada no MPF busca responsabilizar a concessionária e os órgãos que permitiram o descumprimento do contrato. Estiveram presentes nas audiências os deputados estaduais Lídio Lopes, Mara Caseiro, Márcio Fernandes e Paulo Corrêa, além do deputado federal Beto Pereira e do ex-governador André Puccinelli. Representantes de diversas instituições, como a OAB, o Conselho Municipal de Segurança, o Corpo de Bombeiros, o DNIT e a UEMS, também participaram.
Fonte: diariomsnews.com.br
