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Atletas universitários de e-sports discutem a balança da profissionalização no JUBs 2025

A ascensão dos e-sports nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) 2025 em Natal levanta discussões sobre a profissionalização. Atletas dividem-se entre o sonho e os desafios [...]

Jovens talentos do esporte eletrônico em Natal ponderam entre ganhos expressivos e os desafios de uma carreira de curta longevidade e alta pressão

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Durante os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) 2025 em Natal, atletas de e-sports debatem a profissionalização, considerando os altos ganhos financeiros e a curta longevidade da carreira. David Luiz (Rosa), campeão de League of Legends pela UTFPR, concilia os estudos com treinos intensos, enquanto Washington Wu (Washin) optou por retornar à vida acadêmica após experimentar o desgaste da rotina profissional. A pressão e a necessidade de preparo psicológico são apontadas como desafios significativos no cenário competitivo dos e-sports, conforme ressalta Sergio Medeiros, coordenador de e-sports da CBDU.

A ascensão dos e-sports nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) 2025 em Natal levanta discussões sobre a profissionalização. Atletas dividem-se entre o sonho e os desafios da carreira, como a longevidade e a pressão.

Após a intensa ascensão dos e-sports, atletas universitários em Natal, durante os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) de 2025, encontram-se em um dilema crucial sobre a profissionalização, ponderando os atrativos financeiros e os desafios de uma carreira exigente e de curta longevidade. A rotina de um jogador profissional, embora possa parecer um lazer, demanda dedicação exaustiva e uma constante busca por excelência, conforme relatos de quem vive essa realidade.

David Luiz, conhecido no cenário gamer como Rosa, exemplifica essa dualidade. Campeão de League of Legends no JUBs 2025 pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), ele concilia o terceiro período de Sistemas de Informação com uma jornada profissional rigorosa. Sua rotina diária inclui uma preparação que se estende das 10h até as 20h, com análises de jogo e discussões estratégicas após as sessões de treino. Rosa admite que, embora o potencial de ganhos chegue a cifras expressivas, como os 100 mil reais mensais para jogadores de elite, há um risco de comprometer a formação acadêmica e outras oportunidades de especialização, especialmente considerando que o desempenho de muitos atletas começa a declinar por volta dos 24 anos.

Por outro lado, Washington Wu, o Washin, colega de equipe de Rosa na UTFPR Azure Bears, trilhou um caminho inverso. Após uma experiência como profissional, que incluiu convites para atuar em centros globais, ele optou por se afastar da rotina desgastante. Washin relatou jornadas de 16 a 17 horas de jogo por dia, que resultaram em exaustão e o impediram de manter o ritmo competitivo. Diante disso, decidiu focar na carreira acadêmica e em um futuro profissional mais estável, buscando uma posição no mercado de trabalho tradicional.

A pressão e o desgaste mental inerentes aos e-sports são pontos frequentemente levantados. Sergio Medeiros, coordenador de e-sports da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), ressalta a intensidade mental da atividade e a necessidade de uma preparação psicológica adequada para lidar com o ambiente de alta cobrança. A longevidade da carreira, a exigência de constante reinvenção e a forte pressão dos fãs — com alguns times acumulando mais de 3 mil seguidores — são fatores que tornam o cenário profissional desafiador. Para os jovens que sonham com a profissionalização, Washin oferece um conselho: não se deixar abater pela pressão e buscar um caminho que leve ao sucesso sem comprometer o bem-estar.

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