O Departamento de Estado dos Estados Unidos notificou diversos aliados regionais no Oriente Médio sobre um iminente ataque israelense ao Irã, poucas horas antes de sua execução. A informação foi confirmada por três fontes familiarizadas com o assunto nesta sexta-feira.
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Através de uma nota diplomática distribuída na tarde de quinta-feira, o Departamento de Estado comunicou que o ataque israelense estava programado para ocorrer ainda naquele dia. O Catar figurou entre os países que receberam o aviso.
A nota esclarecia que Washington não esteve envolvido na operação israelense e não prestou qualquer tipo de apoio. Adicionalmente, reafirmava que o presidente Donald Trump tem demonstrado um claro desejo de paz na região, mantendo, ao mesmo tempo, uma postura firme contra a possibilidade de o Irã obter armas nucleares.
Questionado sobre as notificações enviadas aos aliados, um porta-voz do Departamento de Estado declarou: “Não comentamos sobre conversas diplomáticas privadas”.
Israel lançou uma série de ataques ao Irã, alegando ter como alvo instalações nucleares, fábricas de mísseis e eliminado comandantes militares. A ação pode indicar uma operação prolongada com o objetivo de impedir que o Irã desenvolva armamento atômico.
O aviso prévio aos aliados ilustra o conhecimento de Washington sobre os planos de Israel, apesar de os EUA afirmarem não ter participado do ataque, classificando-o como uma ação “unilateral” israelense.
Em entrevista telefônica nesta sexta-feira, Trump declarou que ele e sua equipe estavam plenamente informados sobre o plano de ataque de Israel, e que ele havia alertado o Irã sobre a necessidade de um acordo em relação ao seu programa nuclear.