O mercado de boi gordo no Brasil apresentou valorização expressiva durante a última semana, com a arroba registrando altas de até 3,5% em diversas praças de comercialização. A expectativa é que essa tendência de elevação nos preços se mantenha no curto prazo, impulsionada por fatores internos e externos.
Frigoríficos, especialmente os de menor porte, têm operado com escalas de abate mais curtas, em torno de seis a sete dias úteis na média nacional. Essa redução exige que as empresas invistam mais na compra dos animais, contribuindo para o aumento dos preços.
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O bom desempenho das exportações de carne bovina em julho também exerce um papel importante nesse cenário. A perspectiva para as próximas semanas é favorável, com expectativas de aumento na demanda por parte de países asiáticos e uma participação relevante do México nas aquisições.
Os preços da arroba do boi gordo, na modalidade a prazo, apresentaram a seguinte variação entre o dia 1 e a última sexta-feira: em São Paulo, a arroba atingiu R$ 310, com alta de 3,33%. Em Goiás, o valor chegou a R$ 295, representando um avanço de 3,51%. Minas Gerais registrou R$ 300, um aumento de 3,45%. No Mato Grosso do Sul, a arroba foi cotada a R$ 315, com valorização de 3,28%. Já no Mato Grosso, o preço atingiu R$ 300, com alta de 1,69%, enquanto em Rondônia, o valor chegou a R$ 270, com avanço de 1,89%.
O mercado atacadista também acompanhou essa tendência de alta, com expectativa de continuidade no curto prazo, impulsionada pelo potencial de consumo na primeira quinzena do mês.
O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 23 o quilo, aumento de 7,48%. Já o quarto dianteiro do boi foi vendido por R$ 17,80 o quilo, avanço de 1,71%.
Em julho, as exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada renderam US$ 1,536 bilhão, com uma média diária de US$ 66,824 milhões. O país exportou 276,879 mil toneladas, com uma média diária de 12,038 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.551,00, representando um aumento de 46,9% no valor médio diário da exportação, um ganho de 16,7% na quantidade média diária exportada e um avanço de 25,9% no preço médio em relação a julho de 2024.
