O mundo do samba está de luto. O cantor e compositor Arlindo Cruz faleceu nesta sexta-feira, aos 66 anos, no Rio de Janeiro, conforme informou sua esposa, Babi Cruz.
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Arlindo, nascido Arlindo Domingos da Cruz Filho em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, era um dos nomes mais celebrados do samba no Brasil. Sua trajetória musical foi marcada por talento e paixão, tornando-o um mestre do cavaquinho e do banjo, instrumentos que aprendeu a dominar desde a infância. Aos sete anos ganhou seu primeiro cavaquinho, e aos 12 já tocava de ouvido, aprendendo também violão com o irmão Acyr Marques.
Sua jornada profissional começou cedo, atuando em rodas de samba com diversos artistas, incluindo Candeia, que se tornou seu “padrinho musical”. As primeiras gravações em estúdio foram realizadas com o apoio de Candeia, incluindo o LP “Roda de Samba”.
Após um período estudando em Barbacena, Minas Gerais, Arlindo retornou ao Rio e passou a frequentar a roda de samba do Cacique de Ramos, onde tocou com nomes como Jorge Aragão, Beth Carvalho e Almir Guineto, além de formar uma parceria com Zeca Pagodinho e Sombrinha. Logo, suas composições começaram a ser gravadas por outros artistas, como “Lição de Malandragem”, “Grande Erro” (Beth Carvalho) e “Novo Amor” (Alcione).
Arlindo Cruz também integrou o Fundo de Quintal por 12 anos, substituindo Jorge Aragão e emplacando sucessos como “Seja sambista também”, “Só Pra Contrariar”, “Castelo Cera”, “O Mapa da Mina” e “Primeira Dama”. Após deixar o grupo em 1993, continuou sua carreira solo, lançando diversos CDs e DVDs.
De acordo com seu oficial, Arlindo Cruz teve mais de 550 sambas gravados por diversos artistas. Nos anos 90, dedicou-se às eliminatórias de sambas enredos do Império Serrano, escola pela qual foi campeão diversas vezes.
Em março de 2017, Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico, o que o afastou dos palcos e o deixou com sequelas.