Operação contra narcotráfico expõe falhas na segurança e levanta suspeitas de colaboração policial.
A apreensão de 70 toneladas de maconha no Paraguai deflagrou um conflito entre a Senad e a Polícia Nacional, expondo possíveis falhas de segurança.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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A apreensão de 70 toneladas de maconha em Saltos del Guairá, no Paraguai, deflagrou um impasse entre a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e a Polícia Nacional. A operação, que resultou na morte de um traficante e na prisão de cinco pessoas, expôs falhas na segurança e levantou suspeitas de envolvimento de policiais com o narcotráfico.
O comboio de drogas passou por 11 delegacias sem ser interceptado, o que gerou questionamentos sobre a atuação da polícia local. Durante a investigação, documentos pessoais pertencentes ao Comissário-Chefe Osvaldo Javier Andino Gill foram encontrados na rota de fuga dos criminosos.
O ministro da Senad, Jalil Rachid, afirmou que nenhum policial participou da operação e que os documentos foram encontrados por militares. A versão contradiz a declaração do comissário, que alega ter perdido a carteira ao dar apoio à operação.
Investigação e Consequências
A Polícia Nacional afastou cinco comissários que ocupavam cargos de chefia no departamento de Canindeyú e abriu uma investigação interna para apurar a suspeita de colaboração com os traficantes. O ministro do Interior, Enrique Riera, criticou as declarações do chefe da Senad, considerando-as inoportunas.
O caso gerou uma crise política no governo do presidente Santiago Peña, com críticas e acusações entre os órgãos de segurança. A investigação segue em andamento para esclarecer o envolvimento de policiais e as falhas que permitiram a passagem do comboio de drogas.
Além da maconha, foram apreendidos diversos veículos, fuzis, uma escopeta, uma granada, coletes balísticos e casacos táticos. A operação demonstra a audácia das organizações criminosas que atuam na região de fronteira.
