Diretora-executiva da Anistia critica ação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 119 mortes.
A Anistia Internacional classificou como 'desastrosa' a operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou na morte de 119 pessoas.
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A diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, classificou como “desastrosa” a operação policial Contenção nos complexos do Alemão e da Penha, realizada na terça-feira (28) no Rio de Janeiro. O balanço oficial aponta para a morte de 119 pessoas.
Werneck questionou o êxito da operação, afirmando que as autoridades de segurança pública alegam que foi uma ação planejada, mas que o número de mortes levanta dúvidas. Ela apontou que os policiais não tinham “controle do ambiente” e não cumpriram o “dever de proteção da vida e do patrimônio”.
“É preciso dizer que essa operação não é um sucesso. É desastrosa”, afirmou Werneck.
“Qualquer pessoa sabe que assassinato e sucesso não entram na mesma frase. Assassinato de centena de pessoas.
Nós recebemos notícias de milhares de pessoas traumatizadas e que estão sofrendo.”
A diretora da Anistia Internacional contrastou sua avaliação com a do governador Cláudio Castro, que considerou a operação positiva. Werneck criticou a fala do governador, afirmando que ela “estimula toda ação fora da lei”.
Apuração e Auxílio
A Anistia Internacional, em conjunto com outras entidades civis, está colhendo relatos sobre a operação. Werneck afirmou que as informações revelam “descalabros” e espera que o governador apresente provas da correção da operação.
A organização promete prestar auxílio às pessoas afetadas pela operação e atuar para que haja reparação judicial e responsabilização das autoridades. “A gente só espera que as instituições brasileiras cumpram o seu dever.
O mundo inteiro está vendo”, concluiu.
