Após longa espera, o grupo indígena Guarani-Kaiowá, Brô MC’s, lança o álbum “Retomada”, um projeto em parceria com o DJ Alok. Segundo o DJ, este é um dos projetos que mais se orgulha de ter participado.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Resumo rápido gerado automaticamente
Alok expressa admiração por Kelvin, Bruno, Charles e Clemerson, integrantes do grupo, destacando a coragem deles em gravar o primeiro disco oficial de estúdio, com 90% das faixas cantadas na língua originária. Ele os descreve como um exemplo de garra e talento, ressaltando a luta contra a intolerância e o preconceito.
“Tenho muita admiração pela história de vida deles”, afirma Alok, acrescentando que os Brô MC’s trazem uma contribuição incrível para o mundo do rap. Ele destaca que eles são o primeiro grupo de rap indígena do Brasil e, possivelmente, do mundo, a gravar na língua originária.
O álbum “Retomada”, que estava pronto desde 2019, finalmente chega às plataformas digitais. As letras abordam as dificuldades enfrentadas pelos indígenas, transmitem mensagens de força e coragem aos Guarani-Kaiowá, refletem sobre o período da pandemia e a luta pelo território. O disco conta com nove faixas, incluindo títulos como “Orereko”, “Cemitério” e “Até o Fim”.
O projeto “Futuro Ancestral” conta com a participação de 50 artistas indígenas de 8 etnias diferentes. Alok explica que a seleção dos grupos ocorreu por afinidade musical, revelando que ele já conhecia alguns pessoalmente e outros através da música. Ele destaca que a inclusão desses artistas em seus shows, inclusive em eventos internacionais, tem sido muito gratificante.
Para Alok, a música indígena tem um poder de cura. Ele afirma que, ao entender o poder da música na cultura indígena, sentiu uma expansão de sua consciência quanto ao fato de que suas criações e a troca de energia em seus shows são também um instrumento para tocar os corações, trazer alegria e celebrar a vida.