A autoridade de proteção de dados da Alemanha solicitou, nesta sexta-feira (27), que Google e Apple removam o aplicativo DeepSeek de suas respectivas lojas. A alegação central é que o app estaria compartilhando informações de usuários de maneira ilegal com a China.
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A comissária de proteção de dados da Alemanha, Meike Kamp, emitiu a ordem após uma investigação sobre o suposto envio indevido de dados. Em comunicado oficial, a autoridade pede que as empresas responsáveis pela Play Store e pela App Store avaliem a denúncia e decidam sobre a remoção do aplicativo do mercado local.
“A DeepSeek não conseguiu fornecer à minha evidências convincentes de que os dados dos usuários alemães estão protegidos na China em um nível equivalente ao da União Europeia”, afirmou a comissária. “As autoridades chinesas têm direitos de acesso de longo alcance aos dados pessoais dentro da esfera de influência das empresas chinesas.”
Na União Europeia, o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) estabelece regras rigorosas para a exportação de dados, incluindo a necessidade de garantias adequadas no país de destino. Até o momento, não há confirmação se Apple e Google atenderão à solicitação da Alemanha.
Especialistas indicam que, caso a campanha alemã contra o DeepSeek prospere, o aplicativo pode enfrentar um bloqueio em outros países da União Europeia. Um advogado especializado em IA e privacidade da Cripps observou que as regras que se aplicam à Alemanha são as mesmas em outros países do bloco e também no Reino Unido, aumentando a possibilidade de um banimento em toda a UE.
Até agora, outras autoridades de proteção de dados da UE não se manifestaram sobre o caso. Google e Apple também não emitiram comunicados a respeito da solicitação alemã.