Um grupo de 26 nações, juntamente com a União Europeia, expressou extrema preocupação com a situação humanitária em Gaza, descrevendo o sofrimento como “inimaginável”. Em comunicado divulgado nesta terça-feira (12), o grupo apelou a Israel para que desbloqueie totalmente a entrada de ajuda humanitária, suprimentos e a atuação de organizações não governamentais (ONGs) no território.
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O apelo surge em um momento de crescente preocupação internacional, com o governo israelense tendo aprovado um plano para tomar a Faixa de Gaza, começando pela ocupação da Cidade de Gaza, uma região central que abriga cerca de um milhão de pessoas.
O grupo de países enfatizou a urgência da situação, afirmando que “a fome está se instalando diante de nossos olhos” e que ações imediatas são necessárias para interromper e reverter a inanição. Eles ressaltaram que o espaço humanitário deve ser protegido e que a ajuda nunca deve ser politizada.
Além de solicitar o desbloqueio das atividades de atores humanitários, o grupo pediu a Israel que retire “novas exigências restritivas” impostas às ONGs, que podem forçá-las a deixar Gaza. Os países também defenderam a implementação de medidas imediatas, permanentes e concretas para facilitar o acesso seguro e em larga escala para a ONU, ONGs internacionais e parceiros humanitários, incluindo o restabelecimento de todas as rotas humanitárias no território.
O comunicado foi assinado por ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França, Japão, Austrália, Canadá, outros países europeus e altas autoridades da União Europeia.
A Organização Mundial da Saúde também se manifestou nesta terça-feira, defendendo uma maior entrada de suprimentos em Gaza antes do início da operação israelense para tomar a Cidade de Gaza, anunciada na semana passada.
Israel enfrenta crescente pressão internacional para aumentar a ajuda humanitária em Gaza, em meio a relatos de “fome em massa” entre os palestinos e diante dos planos de expansão militar. O país, por sua vez, afirma que “há comida” em Gaza.