Dois homens acusados de espancar até a morte o haitiano Mardochée Borgeli, 35 anos, foram soltos por falta de provas. A decisão, do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, beneficia Pablo de Souza Klipel e Sidnei Gonçalves da Silva, que haviam sido presos em flagrante.
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O crime ocorreu em 8 de janeiro deste ano, em frente à Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), no Bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande. A decisão judicial foi publicada no Diário da Justiça nesta segunda-feira (7), referente a uma audiência realizada em 26 de março.
Durante a audiência, testemunhas ouvidas por videoconferência não conseguiram identificar os autores do crime. Os acusados negaram a autoria, levando suas defesas a solicitar a liberdade provisória, alegando a inexistência de fundamentos legais para a manutenção da prisão preventiva. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) argumentou pela impronúncia de ambos, devido à ausência de elementos que comprovassem a autoria.
Detalhes da Decisão Judicial
O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida impronunciou Sidnei e Pablo, determinando a expedição do alvará de soltura. “Os acusados mantiveram a negativa de autoria, alegando que apenas estavam naquela região onde ocorreram os fatos. As testemunhas ouvidas não souberam indicar os autores do crime, trazendo apenas informações sobre uma discussão envolvendo vários indivíduos e a vítima, que teria ocorrido em um bar bastante movimentado da região”, afirmou o magistrado.
O alvará de soltura foi cumprido em 4 de abril, conforme os autos do processo.
Contexto do Homicídio
Testemunhas relataram que Mardochée Borgeli estava “apresentando agressividade com os vizinhos” e causando importunação na Ceasa durante o dia do crime. Seguranças o retiraram do local pela manhã.
À tarde, Borgeli se envolveu em uma confusão com clientes de um bar próximo à Ceasa, sendo agredido por alguns homens. A Polícia Militar foi acionada, mas o haitiano não soube identificar os agressores e não demonstrou interesse em prestar queixa.
Após a saída da polícia, um grupo de seis a dez homens invadiu a vila de casas onde Borgeli morava e o espancou com barras de ferro, pedaços de madeira e pedras. A polícia, ao retornar, encontrou a vítima com graves fraturas na cabeça e afundamento no rosto. A morte foi constatada no local.
Na ocasião, Sidnei Gonçalves da Silva e Pablo de Souza Klipel foram levados à delegacia e autuados pelo homicídio, com prisão preventiva decretada. Um terceiro indivíduo, inicialmente detido, foi liberado após uma testemunha afirmar que ele apenas jogou uma pedra na vítima quando esta já estava morta. Este terceiro homem foi encontrado morto em sua residência no dia 11 de janeiro.
Fonte: campograndenews.com.br