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Acolhimento no luto parental previne agravamento da saúde mental

A falta de acolhimento no luto por bebês pode gerar depressão e ansiedade, pressionando o sistema de saúde, segundo especialistas e a ONG Prematuridade. [...]

Falta de apoio a famílias que perdem bebês pode levar a depressão e ansiedade, sobrecarregando o sistema de saúde.

A falta de acolhimento no luto por bebês pode gerar depressão e ansiedade, pressionando o sistema de saúde, segundo especialistas e a ONG Prematuridade.

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A falta de acolhimento no luto parental, especialmente após a perda de bebês, pode levar a problemas de saúde mental como depressão e ansiedade, sobrecarregando o sistema de saúde. A diretora da ONG Prematuridade, Denise Suguitani, ressalta que o não processamento adequado do luto gera demandas de atendimento e internação que poderiam ser minimizadas. A nova Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental, em vigor desde agosto, recomenda atendimento psicológico domiciliar ou em unidades de saúde, mas enfrenta desafios na implementação devido à falta de profissionais, conforme Janynnie Matos de Freitas, da organização Amada Helena, também aponta. A lei que institui a política tem outubro como mês de referência para garantir o acolhimento às famílias enlutadas.

A ausência de atendimento para famílias enlutadas após a perda de um bebê na gestação, no parto ou logo após o nascimento, pode desencadear casos de depressão e ansiedade e pressionar o já sobrecarregado sistema de saúde. A avaliação é da diretora da organização não governamental Prematuridade, Denise Suguitani.

“O nosso entendimento é que essas famílias, quando não são acolhidas, geram uma demanda para o sistema do ponto de vista de saúde mental”, informou Suguitani. A instituição atua com foco em bebês prematuros, uma das principais causas de morte neonatal.

“Se as famílias não são acolhidas naquele primeiro momento adequadamente, para poder processar o luto, isso vai se acumulando e gera demandas de atendimento, de internação, que poderiam ser minimizadas”, completou a diretora.

O atendimento psicológico após a alta hospitalar, preferencialmente na residência da família ou na unidade de saúde mais próxima, é uma das recomendações da nova Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental.

Desafios na Implementação

A política, em vigor desde agosto, ainda esbarra na falta de profissionais. Janynnie Matos de Freitas, da organização Amada Helena, confirma essa realidade.

“A gente sabe que a estratégia de saúde da família tem trabalhado muito essa questão junto com a assistência social, mas ainda é pouco”, avaliou Janynnie, que já foi uma mãe enlutada.

De acordo com profissionais da saúde, o atendimento humanizado para famílias em luto reduz o sofrimento psicológico de longo prazo. A lei que cria a política da humanização do luto materno e parental tem outubro como o mês de referência, visando garantir acolhimento às famílias por meio de diretrizes claras para hospitais públicos e privados.

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