O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 1,8% em 2026. A estimativa aponta desaceleração da economia, influenciada pelos juros altos e pelo enfraquecimento do mercado de trabalho, fatores que reduzem renda, consumo e novos negócios no país.
A manutenção dos juros em patamar elevado está entre os principais motivos da perda de força econômica. O crescimento menor do PIB significa menos emprego, queda no número de pessoas ocupadas, redução da massa salarial, menos consumo e mais dificuldade para novos negócios.
Serviços menos dependentes de crédito devem ajudar a segurar a economia, mesmo com o crédito mais caro. Entre eles estão tecnologia e telecomunicações, educação privada e cursos livres, saúde e serviços médicos, transporte por aplicativo e logística urbana, alimentação fora do lar e serviços domésticos e pessoais.
Esses setores tendem a sofrer menos com juros altos, porque não dependem tanto de financiamento bancário para funcionar no dia a dia. Além disso, o aumento do limite de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil pode ter efeito positivo, mas parte desse dinheiro extra deve ser usado para pagar dívidas atrasadas, e não necessariamente para consumo imediato.