Investidores observam relatório Jolts e decisões de juros no Brasil e EUA
Dólar iniciou a sessão em alta, avançando 0,22% às 9h01, aos R$ 5,4327, enquanto investidores aguardam dados de emprego nos EUA e decisões de juros no Brasil e EUA.
O dólar iniciou a sessão desta terça-feira (9) em alta, avançando 0,22% por volta das 9h01, aos R$ 5,4327. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Os investidores iniciam o dia atentos a dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos e às reuniões sobre juros no Brasil e no exterior, que começam hoje e terão decisão amanhã. No front doméstico, o cenário político também segue no radar após novos posicionamentos de Flávio Bolsonaro.
Nos EUA, o destaque é o relatório Jolts de outubro, que mostra o número de vagas abertas, além da pesquisa semanal da ADP sobre emprego privado. Esses dados ajudam a calibrar expectativas para a decisão do Fed, prevista para amanhã.
Os Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos iniciam hoje suas reuniões de política monetária. O mercado espera um corte de 0,25 ponto percentual nos juros americanos, enquanto, no Brasil, a aposta é pela manutenção da Selic em 15% ao ano.
Por aqui, a principal dúvida é quando começará o ciclo de redução dos juros: já em janeiro ou apenas em março.
No cenário político, Flávio Bolsonaro afirmou que sua candidatura à Presidência é “irreversível”, após ter sugerido que poderia desistir mediante um “preço”. A declaração ganhou força com o apoio de Tarcísio de Freitas, que destacou sua lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro e disse que essa postura é “inegociável”.
Na noite de ontem, o senador reuniu lideranças partidárias em um jantar para buscar apoio à sua pré-campanha para as eleições de 2026.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado:
Acumulado da semana: -0,22%; Acumulado do mês: +1,60%; Acumulado do ano: -12,28%. Acumulado da semana: +0,52%; Acumulado do mês: -0,56%; Acumulado do ano: +31,51%.
Um dos destaques desta semana fica com as decisões de juros do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (banco central dos EUA), ambas previstas para amanhã (10) — na chamada “superquarta”.
Por aqui, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa básica de juros (Selic) inalterada em 15% ao ano mais uma vez. Em falas recentes, o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, já indicou que os juros devem permanecer elevados, reiterando que as decisões do BC são embasadas em fatos e dados.
Em evento no início deste mês, o banqueiro central já havia dito que os dados de desemprego de outubro mostram um cenário econômico mais complexo do que o esperado, afirmando que esse contexto exige uma atuação mais conservadora na condução da política monetária.
A taxa de desemprego recuou para 5,4% no trimestre encerrado em outubro — o menor nível desde o início da série histórica, em 2012 — mesmo diante de um quadro de juros elevados e sinais mistos no mercado de trabalho.
