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Vulcão sul-americano volta a apresentar atividade e alarma países da região

O vulcão Planchón-Peteroa, na fronteira entre Argentina e Chile, registra aumento na atividade, com emissão de cinzas, elevando o alerta na região. [...]

Complexo vulcânico Planchón-Peteroa, na fronteira entre Argentina e Chile, tem aumento na emissão de cinzas, elevando o nível de alerta.

O complexo vulcânico Planchón-Peteroa, localizado na fronteira entre Argentina e Chile, voltou a apresentar aumento de atividade superficial nas últimas semanas, com sucessivas emissões de cinzas que alcançaram entre 1,1 e 2 quilômetros acima da cratera. O Serviço Geológico Minero Argentino (Segemar) mantém o alerta técnico amarelo, em vigor desde julho, após a intensificação dos pulsos recentes.

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O complexo vulcânico Planchón-Peteroa, na fronteira entre Argentina e Chile, elevou o nível de alerta para amarelo devido ao aumento da emissão de cinzas, que alcançaram até 2 km de altura. O Serviço Geológico Minero Argentino (Segemar) monitora a atividade, intensificada desde julho, com relatórios técnicos a cada 15 dias. Apesar de não haver erupção iminente, a emissão de cinzas pode atingir cidades do sul de Mendoza, afetando a saúde, a agricultura e o abastecimento de água. Especialistas, como o geólogo Fabricio Carbajal, tranquilizam a província de San Juan, distante do vulcão.

A formação, considerada o segundo vulcão mais perigoso da Argentina, está próxima da localidade de Las Loicas e da cidade de Malargüe, no sul de Mendoza. Imagens de satélite do Serviço Meteorológico Nacional registraram o fenômeno, acompanhado por forte odor de enxofre e redução de visibilidade nas áreas próximas ao maciço.

Diferente dos vulcões de formato cônico tradicional, o Planchón-Peteroa é um complexo vulcânico estruturado em duas grandes fases de formação, hoje composto por um anfiteatro natural com quatro crateras.

De acordo com Sebastián García, diretor do Observatório Argentino de Vigilância Volcânica, as mudanças nos parâmetros monitorados — como sismicidade, deformação do terreno e anomalias térmicas — explicam a elevação do alerta. Com o avanço para o nível amarelo, os relatórios técnicos passam a ser emitidos a cada 15 dias, em vez de mensalmente.

Embora não haja indicação de erupção iminente, especialistas afirmam que a emissão de cinzas pode continuar, atingindo cidades do sul de Mendoza, dependendo da direção dos ventos. A última erupção importante do Planchón-Peteroa ocorreu em dezembro de 2018, mas desde maio deste ano o complexo vem registrando atividade sísmica e fumarólica constante.

Considerado um dos vulcões de maior risco por sua proximidade com áreas habitadas, o perigo principal não está na queda de cinzas, que pode afetar a saúde da população, a agricultura e os sistemas de abastecimento de água.

Apesar da preocupação regional, especialistas ressaltam que não há motivo de alerta para a província de San Juan. O geólogo Fabricio Carbajal explica que os vulcões ativos do país estão concentrados mais ao norte e, no caso de San Juan, a cerca de 400 km do Planchón-Peteroa.

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