Colegas e familiares de Isaac Moraes, de 16 anos, clamam por punição rigorosa para os responsáveis pelo crime ocorrido na Asa Sul.
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O sepultamento de Isaac Moraes, de 16 anos, reuniu amigos e familiares em um momento de forte comoção e pedidos por justiça.
Após ser esfaqueado ao tentar recuperar seu celular roubado, Isaac Moraes, de 16 anos, teve seu enterro marcado por comoção e pedidos de justiça no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília. O crime ocorreu na última sexta-feira (17), na Asa Sul, próximo ao Parque Maria Claudia Del´Isola. Colegas do Colégio Militar de Brasília, onde Isaac estudava, soltaram balões brancos em homenagem ao amigo.
O analista em tecnologia da informação Edson Avelino, irmão de Isaac, expressou a dor da família e o desejo de que os responsáveis sejam punidos. Ele ressaltou que, apesar de serem adolescentes, eles devem responder por seus atos, argumentando que, em um país onde se vota aos 16 anos, a responsabilidade deve ser proporcional.
Segundo a investigação, Isaac foi abordado por um grupo de adolescentes que alegavam precisar de wi-fi para fazer uma ligação, enquanto ele jogava vôlei com amigos. O delegado Rodrigo Larizzatti, da Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente (DCA), informou que sete adolescentes foram interrogados e três foram apreendidos por envolvimento no crime. O delegado confirmou que o grupo usava o pretexto de precisar de internet para atrair vítimas e realizar roubos.
Um vizinho da família, o auditor Ricardo Montalvão, relatou que os moradores da quadra estão tomados pelo medo e tristeza, mencionando que seu filho também teve o celular furtado recentemente. Ele também reclamou da demora no atendimento a Isaac após o ataque. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que adolescentes que cometem atos infracionais graves podem ser submetidos a medida de internação de até três anos. Atualmente, tramita no Congresso um projeto de lei que busca ampliar esse período para até dez anos em casos mais graves. Estudos apontam que o roubo é o ato infracional mais comum entre menores de 18 anos, seguido por tráfico e lesão corporal, com homicídios representando menos de 1% dos casos.