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Ataque a tiros mata dois em situação de rua e deixa ferido no Rio de Janeiro

Um violento ataque a tiros na madrugada desta sexta-feira, sob o viaduto do Irajá, na zona norte do Rio, resultou na morte de duas pessoas [...]

Crime ocorre na madrugada sob viaduto do Irajá, deixando uma terceira vítima em estado grave. Autoridades e movimentos sociais repudiam a ação.

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Um ataque a tiros sob o viaduto do Irajá, no Rio de Janeiro, matou Ethervaldo Bispo dos Santos, de 52 anos, e outra pessoa não identificada, ambos em situação de rua. Jaílton Matias Anselmo, de 37 anos, também foi baleado e está internado em estado grave no Hospital Getúlio Vargas. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o crime, enquanto movimentos sociais e autoridades, como a Defensoria Pública e a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, repudiam o ato e cobram apuração. O Movimento Afro Batikum busca familiares de Ethervaldo para garantir um sepultamento digno.

Um violento ataque a tiros na madrugada desta sexta-feira, sob o viaduto do Irajá, na zona norte do Rio, resultou na morte de duas pessoas em situação de rua e deixou uma terceira gravemente ferida.

Atiradores desceram de um veículo e executaram duas pessoas em situação de rua, ferindo uma terceira gravemente, na madrugada desta sexta-feira, dia 17, sob o viaduto do Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro. As vítimas, que viviam no local com outros indivíduos em vulnerabilidade social, foram alvo de disparos. Um dos mortos foi identificado como Ethervaldo Bispo dos Santos, de 52 anos, e o outro permanece sem identificação. Jaílton Matias Anselmo, de 37 anos, foi socorrido em estado grave e internado no Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

A Delegacia de Homicídio da Capital (DHC) foi acionada para investigar o crime brutal. Policiais militares do Batalhão de Irajá isolaram a área para o trabalho de perícia. Ethervaldo Bispo dos Santos, conhecido como Bahia, era natural de Salvador, morava há mais de 10 anos sob o viaduto e era percussionista, participando de movimentos afro-culturais. Ele sofria de sequelas de um acidente vascular cerebral isquêmico. A Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro informou o Movimento Afro Batikum sobre a morte de Ethervaldo.

Lucas Xarará, idealizador do Movimento Afro Batikum, expressou choque com o atentado, denunciando a violência contra a população em situação de rua. Ele lançou um apelo para localizar familiares de Ethervaldo, visando garantir um sepultamento digno e preservar sua memória. A subcoordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da Defensoria Pública do Rio, Cristiane Xavier, acompanha de perto o caso, visitando a Delegacia de Homicídios, o Hospital Getúlio Vargas e o Instituto Médico Legal. A defensoria planeja enviar um ofício às autoridades para assegurar a preservação de imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado o ocorrido.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) também repudiou o ataque. A presidente da comissão, deputada Dani Monteiro, manifestou preocupação com o que descreveu como um “avanço perigoso de práticas justiceiras e higienistas” na cidade. Ela enfatizou que a ausência de políticas públicas adequadas para a crescente população em situação de rua jamais justifica atos de violência.

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